Ontem a Ferrari mostrou seu carro numa cerimônia que já vai virando exceção na F1 atual. O ato de reunir a imprensa na fábrica, dar uma festinha com comis e bebis e quando menos se espera aparecer com o carro de uma forma notória. Isso até 2008 era de lei. Todas as equipes, de alguma estrutura que conseguiam deixar seus carros prontos para a primeira ou segunda sessão de testes faziam isso.
Porém, ao que indica, isso irá desaparecendo tão logo que os dirigentes dos times vejam que isso não é lá tão necessário para agradar patrocinadores e fazer com que o carro tenha boas críticas da imprensa especializada. Na verdade, no caso da imprensa pouco se pode falar de um carro de corridas antes dele andar. Fala-se aquilo que se leu ontem, detalhes visíveis a olho nu.
Mas sabe-se que desde que fizeram o primeiro fórmula, julgar um carro apenas a olho nu é muito errado. Fosse certo, carros como a Williams de 2004 e a Benetton de 1991 deveriam ser lembrados por suas conquistas na pista, não só pelo design. E carros como o RB6 não, já que o grande trunfo do projeto estava sob a carenagem, um sistema de escapamento que direcionava o ar do motor ao difusor traseiro, das maiores sacadas de todos os tempos.
As equipes caíram na real. E segunda e terça-feira farão, em Valência, algo mais discreto privilegiando o carro, seu desenvolvimento, seu desempenho. Algo como uma pequena sessão de fotos à imprensa, divulgação de fotos do carro em estúdio para deixar os patrocinadores felizes e... correr.
Pergunta-se: Pode se dizer que essa mudança só foi provocada apenas por uma crise mundial de sérias proporções? Pode e deve. Mas dentro da evolução constante e implacável da F1 deu-se um retrocesso, algo que lembra uma F1 que não se preocupava tanto com pompa e luxo... uma F1 mais esportiva. Se vemos a F1 correndo