sábado, 29 de janeiro de 2011

Pelo esporte... mesmo que sem querer


Ontem a Ferrari mostrou seu carro numa cerimônia que já vai virando exceção na F1 atual. O ato de reunir a imprensa na fábrica, dar uma festinha com comis e bebis e quando menos se espera aparecer com o carro de uma forma notória. Isso até 2008 era de lei. Todas as equipes, de alguma estrutura que conseguiam deixar seus carros prontos para a primeira ou segunda sessão de testes faziam isso.

Porém, ao que indica, isso irá desaparecendo tão logo que os dirigentes dos times vejam que isso não é lá tão necessário para agradar patrocinadores e fazer com que o carro tenha boas críticas da imprensa especializada. Na verdade, no caso da imprensa pouco se pode falar de um carro de corridas antes dele andar. Fala-se aquilo que se leu ontem, detalhes visíveis a olho nu.

Mas sabe-se que desde que fizeram o primeiro fórmula, julgar um carro apenas a olho nu é muito errado. Fosse certo, carros como a Williams de 2004 e a Benetton de 1991 deveriam ser lembrados por suas conquistas na pista, não só pelo design. E carros como o RB6 não, já que o grande trunfo do projeto estava sob a carenagem, um sistema de escapamento que direcionava o ar do motor ao difusor traseiro, das maiores sacadas de todos os tempos.

As equipes caíram na real. E segunda e terça-feira farão, em Valência, algo mais discreto privilegiando o carro, seu desenvolvimento, seu desempenho. Algo como uma pequena sessão de fotos à imprensa, divulgação de fotos do carro em estúdio para deixar os patrocinadores felizes e... correr.

Pergunta-se: Pode se dizer que essa mudança só foi provocada apenas por uma crise mundial de sérias proporções? Pode e deve. Mas dentro da evolução constante e implacável da F1 deu-se um retrocesso, algo que lembra uma F1 que não se preocupava tanto com pompa e luxo... uma F1 mais esportiva. Se vemos a F1 correndo em Abu Dhabi e iniciando uma temporada num circuito xôxo como o de Sakhir só pra ir atrás de uns petrodólares, pelo menos um lado disso tudo ainda, por enquanto, corre pro lado certo esportivamente falando.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Hall of The Mountain King - Savatage


Esse seria mais um álbum do Savatage, banda que já havia lançado outros 4, mas sem alcançar grande sucesso e aclamação. Porém nos idos de 1987 tudo isso mudou. Os irmãos Oliva naquele ano concebiam um álbum ícone no que diz respeito à junção de melodias e guitarras brutalmente pesadas.

Power Metal. É o que costumam usar pra rotular. Concordo bastante. E digo mais, talvez tenha sido esse disco que tenha feito esse estilo ter duas frentes. Uma, a que se desprende do melódico chinfrin (embora tenha algumas influencias, claro) sem aqueles arpejos “virtuosos”, agudos “no balls” e teclados “épicos”. A outra, a com tudo isso que eu acabei de citar (ouça qualquer coisa do Stratovarius).

A verdade é que o Hall of the Mountain King poderia ser tranquilamente considerado um álbum da NWOBHM, fosse o Savatage uma banda inglesa/européia (o que por sinal só não é no papel, mas tem a cara e o jeito, americanos que são). E é por isso que tenho esse disco como um dos meus favoritos. Por sair daquele limbo do metal melódico em que tudo soa ópera e fazer algo de mais peso, de riffs densos, de vocais mais despojados, de uma percussão mais cadenciada, mas sem deixar de ter uma melodia bem interessante no final das contas.

Creio esse disco ser o ponto máximo desse casamento melodia-peso. Que o digam as faixas Beyond the Doors of the Dark e sua penumbra, as intros Prelude to Madness e Last Dawn, a faixa título, White Witch e Strange Wings, cujo riff principal poderia figurar em qualquer disco do Iron Maiden dos anos 80.

Foi por causa desse disco que comecei a dar mais atenção ao Savatage, foi por causa desse disco que Criss Oliva passou a ser um dos meus guitarristas favoritos. Em suma, é um disco que foge do óbvio, da regra, do conceito. Algo que mais e mais têm se tornado incomum. Já me perguntei várias vezes quais são meus 10 álbuns favoritos... eu não faço idéia, mas creio não poder deixar de fora esse.

1. 24 Hours Ago

2. Beyond the Doors of the Dark

3. Legions

4. Strange Wings

5. Prelude to Madness

6. Hall of the Mountain King

7. The Price You Pay

8. White Witch

9. Last Dawn

10. Devastation


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