sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"Sorry guys"



Em Setembro, depois de uma fase complicada na minha vida, precisava me distrair com algo. Fazer algo diferente pra desestressar. Por isso, ressuscitei o blog, porque, mesmo sendo amador e sem fins lucrativos, amo fazer isso aqui (vocês não sabem o quanto). Estava realmente empenhado e coloquei na minha cabeça que não mais pararia de postar.

Porém novos problemas chegaram agora, e numa intensidade e de um jeito que ficaria difícil continuar mantendo o blog. Portanto, decidi dar mais um tempo. Refrescar a mente e planejar a minha vida, principalmente, a longo prazo. Faço isso por mim. Infelizmente a vida não é feita só de guitarras distorcidas, corridas emocionantes e motores 2-tempos (quem dera...). É como diria Rob Smedley "-Your life is faster than you". Enfim, eu tenho prioridades a serem respeitadas.

Não quero ser extenso. Tem pessoas que eu gostaria de agradecer, mas não vou citar nomes pra não preterir ninguém, sintam-se todos abraçados por mim.

Não é um adeus... só um até logo. (espero ser o mais breve possível)
Tenham um grande fim de ano! Nos esbarramos por aí!

(Fotinho bonitinha p/ vocês, rs)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Saudade


Domingo à noite, depois de um vestibular mal sucedido à tarde, fui ver o filme “Senna”. Cabeça relaxada, sem hora pra nada. Apenas disposto a ver o que o filme tinha a me oferecer. Não me decepcionei.

Obviamente, como aficionado em corridas desde bem cedo, já sabia a história do início ao fim, de trás pra frente, de cima pra baixo e poderia até mesmo dublá-la na hora se o áudio do filme fosse em sérvio.

O que quero dizer com isso? Que esse não é um filme para aficionados.

É um filme para quem vê Senna como mito, herói, grande brasileiro que foi. Não um esportista, sujeito a dias ruins, como teve também. É um filme pra quem tem a visão de Senna à imagem e semelhança de Deus. E cá entre nós, não é uma coisa errada a se fazer. Senna talvez tenha a história mais incrível e mais cinematográfica da história do automobilismo, quiçá, do esporte mundial. Chegou, arrasou, brigou, ganhou, ensinou e, subitamente, se foi. Dá um belo roteiro de filme, convenhamos.

Temos que respeitar a quem não respira F1 24 horas por dia, e apenas gosta de ligar a TV no domingo de manhã para torcer por um piloto de seu país, enquanto toma o café. Um alguém que vê unidade entre si e o ídolo presente na tela. Um alguém como os milhares de brasileiros que foram às ruas no dia 4 de maio de 1994 se despedir e chorar pelo ídolo falecido. Um alguém que, a partir de 1995, não viu mais tanta graça na F1. Se você é assim, o filme é pra você.

Mas falando agora como chato admirador de F1, o filme deixa um pouco a desejar sim. Ignora vários pontos chave da carreira de Senna. Pontos excitantes, como as façanhas de Toleman e Lotus (mostra-se apenas “a façanha” nos casos), as disputas dentro e fora da pista com Piquet e Mansell e os atos heróicos quando a McLaren não era mais o melhor carro, como em Mônaco 1992 (essa ausência, a única que acho imperdoável). Fora também não haver uma mençãozinha a Gerhard Berger. Não custaria nada, e seria muito justo, já que o austríaco foi grande amigo pessoal de Ayrton Senna.

Enfim, o que quero dizer com isso? Que esse não é um filme para aficionados.

É um filme pra quem quer se divertir e aproveitar. Um filme para levantar discussões em botequins sobre o duelo Senna x Prost, e como Senna era o maioral à prova de falha. Mas é mais do que isso, é um filme pra quem tem saudade.

Como já disse, não me decepcionei.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Polaris - Cold Blooded Justice


Conhecer bandas novas independentes é algo normalmente, convenhamos, bem desinteressante. Às vezes as ouvimos em festivais, às vezes por meio de amigos. Normalmente tendemos a ser bem críticos quanto ao som, as letras, as composições e a técnica. Confesso ter ouvido com esse olhar cético (não de propósito, claro) quando o meu amigo (vocal/guitarra) Matheus Tassinari me passou a primeira demo de sua banda, Polaris.

Mas... que demo. Sua banda recupera o Thrash Metal do começo dos anos 80 e surpreende pelas composições e qualidade das músicas. Thrash de letras politizadas, riffs rápidos e vocais rasgados. Tão boa que concordei em conceder um espaço nesse blog de assuntos e temas tão seletos para mostrar a vocês.

A formação tem além de Matheus Tassinari, Nicko Gialluca no baixo, Murilo Riot na outra guitarra e Cesar Destroyer na batera. Digo, excelentes músicos; tendo, ao dizer isso, a propriedade de já ter dividido o mesmo palco com Nicko, na época apenas baterista.

Porém, é de se impressionar a qualidade e o virtuosismo da banda. Matheus, o principal compositor, tem 16 anos de idade, e toca muito melhor do que a maioria de caras mais velhos que se metem a fazer uma banda de músicas próprias. Tanto que se me colocassem uma venda nos olhos, diria estar ouvindo uma banda experiente e amadurecida, nunca gente tão jovem.

Fica a recomendação. O pessoal tá começando, o som é bom... cabe a nós o incentivo. Já que reclamamos tanto quando vemos bandas de qualidade duvidosa por aí, está aí uma oportunidade de valorizar quem merece. São cinco músicas, vale a pena.

Link para baixar a Demo inteira

Canal no Youtube

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Quando perguntarem porque...

... você gosta de F1, mostre isso:

Prefiro não dizer nada. Vi no GP Séries.

A pratos limpos


Justiça. É uma palavra que resume bem o primeiro título do alemão Sebastian Vettel, de 23 anos de idade. Justiça ética de sua equipe, que mesmo ante a uma pontuação maior de Mark Webber, jamais tratou os dois de modo diferente, (tenho minhas dúvidas se o contrário também seria assim, mas...) em contraste à Ferrari e seu vexame em Hockenheim. Justiça “performática” (ou de performance), já que Vettel foi o piloto mais rápido do ano em classificação, tão quanto dominou corridas das quais a vitória escapou de seus dedos por problemas mecânicos (Bahrein, Austrália, Coréia). A verdade é a que já dizia aqui há cerca de semanas quando falava que era pra estarmos apenas cumprindo tabela nessas últimas provas, na iminência de um título de Sebastian. Mas não, quis o destino que ele viesse de modo mais emocionante.

O fiel da balança pra tamanha reviravolta no mundial foi o acidente de seu ídolo Schumacher (não vi toque, alguém viu?) no início da prova com Vitantonio Liuzzi. Ali vimos, entre nanicos, Rosberg, Alguersuari e Petrov indo trocar os pneus para não mais voltar aos pits. Pensava-se que haviam arriscado demais, mas os outros, e nós mesmos, havíamos esquecido que Abu Dhabi não dá mais de 5 ultrapassagens por corrida.

Para ilustrar isso basta eu dizer que Webber só passou Alguersuari por prováveis pedidos da “voz na consciência” do espanhol. Sabem, ouvi dizer que eles têm o mesmo patrão. Mas enfim, Felipe Massa não tinha o mesmo patrão de Alguersuari e por isso foi fadado a passar a prova atrás do espanhol da Toro Rosso e chegar em 10º, fechando assim seu magnífico(?) e eficiente(?!) 2010.

Mas o drama do dia teve dois protagonistas de lados opostos da linha do “bem” e do “mal”. Um, o herói da Ferrari, que havia levado o carro vermelho a 5 vitórias no ano e a liderança entre pilotos antes da “última ronda” em Abu Dhabi. O outro, o vilão da Renault, Petrov. Russo que levou 15 milhões de dólares para o time francês e fê-lo torrá-los com seus diversos acidentes durante a temporada. E ainda por cima, tido como peso morto, já que havia em 18 provas marcado 19 pontos, contra 126 de seu companheiro de equipe Robert Kubica.

Pois bem, o ano dos dois havia sido diferente em gênero, número e grau. Mas bastou Alonso voltar de seu pit na volta 15 para que ambos fossem "iguais perante a lei". Ali estava Fernando atrás de Vitaly, sem passar e sequer conseguir aproximar-se. Culpa do circuito de Yas Marina? Muito provavelmente, já que a prova foi uma procissão do início ao fim. Mas Petrov, que achava eu, não resistiria a pressão de Don Fernando, manteve-se 40 voltas à frente do espanhol sem errar. Certamente a melhor de suas exibições em 2010. Tão boa que fez Alonso risivelmente sair do sério após a bandeirada, gesticulando dentro de seu F10. Que fosse chorar à mãe ou a Briatore. Como dizem por aí: Perdeu play boy. Sorry Fernando (hihihi).

Webber, ninguém sabe ninguém viu. Hamilton e Button, outros fiéis da balança, no fim das contas, fizeram um grande trabalho.

Feliz estou por Vettel, pela lição dada na Ferrari e em Alonso. Eu sei que a palavra “justiça” no esporte é muito difícil de ser empregada sem parecer algum tipo de bairrismo. Mas acho que o dia 14 de novembro de 2010 mostrou a Ferrari, ao mundo e, principalmente a Alonso, que podemos sim, ser honestos, justos... e vitoriosos no fim das contas por meio de nossas próprias qualidades, sem ajudas suspeitas. Fica a lição aprendida.

No mais... resta-nos esperar e esperar. F1 agora sóóóóó em março de 2011. Tchau 2010, vamos sempre lembrar de você com carinho.

sábado, 13 de novembro de 2010

Tudo definido?


Vettel crava uma pole position. Até aí não existe nada de muito excepcional, já que nesse ano ele cravou mais da metade das possíveis. O atenuante fica por conta da mudança de postos internamente na Red Bull. Webber saindo do 5º lugar acaba de perder o posto (que nunca teve de fato, é verdade. Mais algo meio psicológico) de piloto nº 1 do time austríaco. Ou seja, arrisco a dizer que Mark psicologicamente, hierarquicamente e fisicamente, tratando do grid de largada, tem suas chances de ser campeão amanhã diminuídas sensivelmente, se não, totalmente.

É mais provável que Webber tenha que trabalhar para Vettel do que vice-versa. Cruel com o australiano... muito cruel na verdade. Fez um excelente campeonato para sucumbir antes da prova decisiva começar pra valer. Só será campeão se achar por amanhã uma corrida como a que fez na Hungria esse ano. Vai ter que andar muito, e vai precisar de sorte. Ficou difícil.

Enfim, Vettel pra ser campeão vai precisar de Webber e de Button, e ainda de um azar de Alonso que o faça terminar a prova longe de onde tem o costume de terminar. Algo difícil de imaginar. É mais provável o alemão conquistar o bi-vice-campeonato com sua, digamos por ora, virtual segunda vitória em Abu Dhabi, do que ser campeão.

Alonso só precisa terminar a prova no pódio para ser campeão. Não vai precisar da ajuda de ninguém, como aliás nunca precisou pra ser quem é, e ganhar os títulos que já ganhou. Sua corrida é facílima pra alguém de sua capacidade.

Hamilton precisa que aconteça uma tragédia com tudo e todos. Como não tem nada a perder, pode encher um pouco o saco de Vettel na largada. Passar, se Seb largar bem, acho difícil. Na verdade, não tem muito o que falar de Hamilton, amanhã só vai tirar pontos dos outros postulantes. Título esquece.

Quanto à prova, eu realmente espero um espetáculo, não um desfile. A última coisa que gostaria de ver amanhã ao ligar a TV seria a “pasteurização da emoção” de uma decisão de título. Algo sem gosto. Uma emoção cheia de cifrões, modelos, sheiks, luzes, pôr-do-sol, lua cheia, prédios bonitos. Longe de ser uma emoção de decisão de título a altura do que foi esse mundial e do que é e foi a F1 ao longo dos anos. Algo sem conteúdo. Seria muito decepcionante realmente... mas é o que tende a ser, infelizmente.

Mesmo assim, espero fazer outro post amanhã falando dos prazeres de se errar algumas previsões as vezes.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.10)


In The End última faixa do disco Fly By Night de 1975. Faltava um exemplo da época "Hard" do Rush e poderia ter escolhido umas 5 ou 6 músicas mais conhecidas que essa. Por quê escolhi essa então? Por não querer ser óbvio e pra quem nunca ouviu esse som tomar contato, já que é na minha opinião a melhor música desse disco. Confesso que não vejo tanto valor nos primeiros discos do Rush como vejo do 2112 pra frente, mas é algo bem pessoal. Se você curte um Rock n Roll dos anos 70 certamente vai gostar.

E esse foi o fim da coletânia do blog clique aqui para ver todas as 9 músicas antes selecionadas por mim.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.9)


Do disco Test for Echo, digamos o mais "alternativo" da carreira do trio canadense vem esse som. Virtuality, 8ª. Boa música, na verdade, uma música que segue muito bem a linha do Rush dos anos 90. Algo não mais tão progressivo (argh!), mas, em contrapartida, muito velho pra ser considerado alternativo, ou grunge, ou seja lá o que for. Contextualizando o momento, foi à essa época que banda deu sua parada de 5 anos graças as mortes da esposa e filha de Neil Peart. Esse foi o último CD gravado antes de tais acontecimentos.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O piloto e os carros


Atrasado, claro. Não pude ver à corrida, estava naquele momento fazendo a maldita prova do órgão INEP(to). Sendo assim vi resumos e reprises.

Corrida chata. Esperava-se muito mais depois de um treino como o de sábado. Um treino de estratégia, um treino de riscos, mas sobretudo um treino de pilotos. Em que pilotos, apenas eles, poderiam fazer a diferença, e aconteceu. Primeira pole de Nico Hulkenberg(!!) na F1. Piloto que achava, até sair de casa para o Enem no sábado, bem fraquinho. Um daqueles de passagem opaca ao olhar público-geral no futuro. Necessárias foram 3 voltas perfeitas para mudar radicalmente minha opinião. Digno do mais efusivo aplauso da minha pessoa, mesmo não vendo ao vivo.

Lembrou muito a pole de seu atual companheiro Barrichello na Bélgica em 1994, sua primeira na ocasião. Chuva, pista secando, trilho, riscos e voltas perfeitas desbancando os peixes grandes da categoria. Com a diferença apenas de que Hulk não acabou a corrida na proteção de pneus, foi realmente muito parecida a ocasião dos feitos. Ponto para o alemão, que chegou em 8º e levou de Interlagos a moral quadruplicada, por além da pole position, 4 pontinhos no mundial.

No treino tivemos um show de piloto, na corrida o contrário a rigor. Uma corrida de carros, não pilotos. Uma corrida de máquinas, não seres humanos. Fato que se observa no resultado. 1-2 facílimo da Red Bull, 3º lugar facílimo de Alonso, 4º e 5º naturais a McLaren, tão quanto os 6º e 7º da Mercedes. Além do título de construtores, que apenas o apocalipse tiraria da Red Bull.

Simplesmente não há o que dizer da corrida. Corrida sem conteúdo que foi. As disputas ficaram guardadas ao pelotão dos menos afortunados, e nele os brasileirinhos contra esse mundão. Na verdade essa corrida representa muito bem o nível da decepção do automobilismo brasileiro na F1 em 2010, talvez o maior de todos os tempos. Dos 4 pilotos brasileiros pode-se dizer que apenas Barrichello esteja fazendo um ano dentro da expectativa. Os 3 outros decepcionam. 2 porque andam de jegue (talvez a massa nem soubesse da existência de Lucas Di Grassi até o “GP Brasil”) e 1 por motivos “misteriosos”.

No geral, não vou mentir, o GP do Brasil me decepcionou um pouco. Porém em uma semana (menos agora) veremos um campeonato ser decidido pela primeira vez com 4 pilotos na disputa na última corrida. Talvez não seja a melhor pista, Abu Dhabi, para se decidir um título, ou para se ter uma corrida de F1 decente. Mas o que se espera em Yas Marina é uma corrida, sobretudo de pilotos, não de carros. Um desfecho perfeito para um mundial que beirou a isso.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Um GP especial


Mais um GP do Brasil. Já são 39. Duas pistas com três traçados diferentes. 5 decisões de títulos, 9 vitórias brasileiras, muitas histórias.

Talvez o GP do Brasil não seja o mais glamoroso, não seja o de melhor estrutura, não tenha o melhor asfalto, não tenha melhor drenagem, mas é um local emblemático para a F1, um local que fez e faz história seja como for. É um local que recupera a verdadeira essência do automobilismo, o quê do desafio, (em um traçado que diga-se foi dos poucos poupados das mãos de Hermann Tilke) o quê da informalidade, o quê da simplicidade. Coisas que a F1 do século XXI vem mais e mais perdendo/ querendo apagar, tornando-se um evento exclusivamente comercial.

O GP do Brasil rema contra a maré. Basta olhar uma foto de Interlagos nos anos 70 e uma dos anos 90. Constata um crescimento alto e desordenado da cidade ao entorno da pista, típico de um país subdesenvolvido, típico de governantes incompetentes e típico de países que não conseguiriam administrar e manter um evento do tamanho da F1.

Então o que mantém o GP do Brasil no calendário por tanto tempo já que “nossa paixão”, nossa atenção, é, e sempre foi, única exclusivamente o futebol? É o que sempre me pergunto. Repare que países de tradição como França, Holanda e Portugal não têm mais corridas no calendário, não conseguem mais lançar um piloto que faça as atenções do pais se voltarem ao automobilismo, mesmo sendo europeus, e no caso da França tendo montadoras e fábricas importantes.

Não há explicação racional. O que há é uma força sobrenatural, uma força conspiratória.

Besteira de um aficcionado em corridas que ama ver a F1 anualmente indo a seu pais? Provavelmente. Mas ele em defesa a si próprio tem dizer que: 1. Desde que Interlagos foi para fim da temporada em 2004 decidiu 5 mundiais em 6 corridas disputadas. 2. Sediou a única corrida “sem começo e fim” da história da F1 em 2003. 3. Teve seu principal herói ganhando de maneira inacreditável duas corridas em condições adversas. 4. Foi palco da decisão de título mais dramática da história na última freada. 5. Em 1983 tornou-se o único na história que não possui 2º colocado. 6. Já vimos por aqui um inglês vencer e desfilar com a bandeira do Brasil. 7. Viu em 2009 o mais longo e dramático treino de classificação da história. 8. Teve em suas 4 primeiras edições 3 vitórias de brasileiros. 9. Tem como maior vencedor um francês que por muito tempo foi odiado por essas bandas... e por aí vai.

E deve ter mais um monte de motivos pra argumentar que o que acontece no Brasil foge do normal de uma simples corrida de F1, esses que citei apenas vieram de cabeça no momento em que digito esse post. A verdade é que o GP do Brasil sempre terá um lugar de destaque na memória recente e antiga da F1, sempre será um clássico.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

OFF: Dilma eleita

Eis que o 34º presidente da Republica Federativa do Brasil foi eleito, ou melhor, eleita. Não, não votei na Dilma. Não acho que ela esteja preparada para assumir um cargo de suma importância tal qual esse para qual se candidatou e venceu. Não acho também que Dilma, por mais linha-dura que seja, consiga ter sozinha o peito que tiveram Lula e FHC perante as respectivas oposições na hora de implementar projetos de campanha.

Outro motivo pelo qual não votei em Dilma tem a ver com a escolha de seu vice, Michel Temer. Homem qual não se precisa ir muito longe para constatar o quão podre é ele e seu partido, PMDB, sempre metido em escândalos. No passado foi grande defensor de FHC, nomeado que foi para presidência da câmara dos deputados duas vezes, e ontem tornou-se vice-presidente ao lado de Dilma Rousseff, enquanto o partido do qual é PRESIDENTE esteve do lado dos tucanos. Dá pra sentir cheiro de interesse aí?

No 1º turno votei em Marina Silva, ontem votei em Serra, muito por falta de opção. Achei muito melhor do que anular, ou votar em branco. Muito embora também ache Serra um incompetente, já que sequer teve poder de reação nas pesquisas durante a campanha em que começou na frente, o acho mais preparado. Um cara com uma extensa carreira política, além de já ter sido ministro, prefeito e governador.

Porém ele não soube usar-se disso em debates e propagandas eleitorais, além do mais, também não soube usar o fato de Dilma construir sua campanha quase que por completo em cima de Lula e o que isso poderá trazer de problemas para o país se futuramente houver uma ou outra divergência, e por ventura, uma separação entre os dois. Dilma perderia o apoio político, que muito se deve a Lula, e o Brasil poderia viver uma crise de autoridades, nada bom pra quem tem copa do mundo e olimpíada pra sediar.

Não sei se o Brasil está em boas mãos, mas há de se enaltecer a conquista de Dilma sendo a 1ª mulher eleita presidente da republica, um marco para nossa história. Apesar de achar uma bobagem esse papo de movimento feminista e tempestades em copos d’água feitos por esse nicho “militante”, vimos ontem uma notável conquista.

Por fim gostaria que parassem de satanizar hipocritamente (acho que essa palavra não existe, mas dane-se) a prática do aborto no Brasil. Existem clínicas com ginecologistas especializados neste tipo de operação há muito tempo por aqui. E inclusive muitas das pessoas riquinhas/religiozinhas que demonizam essa prática não pensariam/pensam duas vezes ao ver a filhinha de 16 anos fecundada para mandá-la abortar imediatamente numa clínica zilionária.

Enfim... é isso, graças ao céus terminou. Que sejam 4 anos de grande crescimento e paz para o Brasil. Sorte e competência aos eleitos.