Em 2009, depois de ressuscitar para a F1, Rubens vinha com uma missão das mais difíceis. Ganhar o GP do Brasil para manter vivo o sonho do título
Mas não é só isso que dá a dimensão do que foi aquela sessão. No Q2 - onde foi eliminado Jenson Button, seu rival pelo título naquele dia – Rubinho teve a sorte do então estreante Kobayashi, que tinha melhor carro naquela circunstância de pista, ter cometido um erro na Curva do Sol em sua última volta. Aquilo permitiu Barrichello ser o décimo e passar ao Q3. Com a pista mais seca e menos combustível do que os outros, a pole se tornou “mais fácil” para Rubinho na última sessão do dia.
Mas para o azar de Barichello, no domingo o sol veio forte. Todos sabiam que ele não teria como segurar o ritmo de Webber, e que Button, vindo de trás com um ótimo carro, era uma ameaça. Pior ainda, Rubinho com o trabalho de “coelho de maratona” no início da prova, foi altamente prejudicado pelo Safety Car na primeira volta. Ali Barrichello começou a perder aquela prova. Depois de parar nos boxes mais adiante e voltar no tráfego, Webber e Kubica, em estratégias melhores, o ultrapassaram nos pits. Mesmo depois disso, Barrichello não tinha vida fácil. Era pressionado por Hamilton que, vindo de 17º, fazia uma corrida pra lá de rápida.
Hamilton passou Barrichello, mas antes passou dos limites de seu carro. Enquanto pegava o vácuo de Rubinho, o inglês tocou seu spoiler no pneu traseiro direito do brasileiro. Uma volta depois, ele teria que ir ao pit trocá-lo, e lá se ia outra chance de vitória no Brasil. No fim ainda foi oitavo, mas não impediu o título de Button naquele dia, e nem que Vettel lhe roubasse o vice-mundial
Pelo sim, pelo não, uma pole position que entrou pra história. Um entre tantos treinos nesse formato (Q1, Q2, Q3) cujo fim foi impossível assistir sentado. Um roteiro digno para a última das 14 poles de Rubinho na F1.
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