Era o que temia quando
fiz
este post, em Agosto do ano passado. Hoje, enfim, aconteceu.
Desde o post citado, muita água correu debaixo da ponte. Sutil
recebeu “voz de prisão”, Kimi Raikkonen voltou e Grosjean
renasceu para a F1. Todos esses acontecimentos culminaram numa nova
disputa entre Bruno Senna e Rubens Barrichello por uma vaga na F1,
assim como na Brawn em 2009.
Dessa vez, quem levou a
melhor foi “primeiro sobrinho”, numa decisão que todos sabiam
que seria mais financeira do que técnica.
Rubens, mesmo não
conseguindo patrocínios fortes, não desistiu e continuou dando
manchetes para esta “guerra perdida” desde o fim da temporada,
ainda em 2011. Colocando preto no branco: Bruno tem o sobrenome Senna
(o que gera um interesse financeiro óbvio) e um futuro pela frente,
Rubinho nenhum dos dois.
Faltou esperteza a
Rubinho e às pessoas ligadas à sua carreira? Talvez. Minha opinião
é: Por Sutil ou por Senna, Rubens não ficaria na Williams pelos
dois motivos (grana e futuro) que citei acima. Um fim feio para uma
bela carreira e um piloto dos mais competentes da história da F1.
Por ter aceitado o fardo de ser um novo Ayrton Senna e ter perdido
popularidade com o povão do Brasil depois de insucessos, talvez a
memória coletiva não vá lembrar de Barrichello com o respeito que
deve – inclusive por esse fim de carreira também.
Isso realmente é uma
pena. Mas não dá pra dizer que Rubinho não tenha sua parcela de
culpa em tudo. Pagou pra ver, e agora está fora da F1. Mil vezes
melhor ter reconhecido que tinha poucas possibilidades de permanecer
no fim do ano passado, e ter feito uma despedida digna da F1 em
Interlagos. Perdeu a chance. Paciência.
E, enfim. Não veremos em Melbourne, pela primeira
vez desde o próprio GP da Austrália (mas este em Adelaide) em 1992,
o nome Rubens Barrichello figurando no grafismo da FOM. E pensar que
nunca vi uma corrida ao vivo sem esse nome... Fará falta, se fará.
Antes de terminar um
post como esse, é meu dever relembrar o dia que Rubinho me arrepiou
e quase me fez chorar na frente da TV. 30 de Julho de 2000, uma manhã
fria e cinzenta de inverno, último dia de férias para mim, aluno da
terceira série que nunca tinha visto uma vitória brasileira na F1.
Ela viria da forma mais incomum imaginável. 18º no grid, um começo
de prova fulminante, louco na pista, chuva, acidentes, Safety Car, e,
claro, a coragem ao permanecer na pista de pneus secos com o estádio
ensopado e a floresta seca.
Por essa, e por inúmeras outras. Valeu, Rubinho!!
3 comentários:
Infelizmente a carreira de Rubinho como piloto de Fórmula 1 parece estar chegando ao fim. Será muito estranho não ter o nome dele no grid. É um ótimo piloto.
Abraços.
Como você disse no post, o "povão brasileiro" deixou de gostar dele, mas porque ligam apenas para vitórias, e deixam a história de lado. Mas independente de ele não ter conquistado um título mundial, ele é vitorioso.
Valeu Rubinho!!!
Abraços
Acho que não foi falta de esperteza não... É data de validade vencida já... Pro novo aparecer, o velho tem que ir aos poucos. Até ir de vez...
Postar um comentário