Finalmente. Aquilo que
era iminente durante o último mês, tornou-se verdade. Barrichello
vai correr (a temporada completa) na Indy pela KV Racing Technology em 2012, ano em que
completará 40 anos de idade. Num tempo em que cada vez mais se
buscam jovens e patrocínios milionários – sendo os dois quase que
sinônimos – Rubens de novo remou contra maré, assim como em 2009,
e saiu vitorioso. Ainda que não na F1.
Sobre a Indy há uma
escrita interessante: No ano passado, os sete primeiros no campeonato
foram pilotos na casa dos trinta anos de idade. Isso não soa lá
muito bom para uma renovação da categoria a curto prazo. Um ditado
popular que se aplica bem é aquele da avó: “Panela velha faz
comida boa”. De uma categoria que baseia as escolhas de 70% de seu
grid em exclusivamente dinheiro de patrocínio, não se pode esperar
nada muito melhor. O comercialismo e o lucro, principalmente nesses
tempos de IRL, têm tido um papel marcante. Algo que, diversas vezes,
não é bom para o esporte.
Onde quero chegar é:
Rubinho chega na categoria para lutar por vitórias, e seriamente, ao
que tudo indica, por título. O que pode atrapalhar um pouco é a
falta de experiencia em circuitos ovais. A sorte para Rubens é que,
com a reforma da segurança neste ano, a Indy (quem diria) deixou um
pouco de lado estes circuitos. São só cinco agora; já foram 11. Outra coisa que pode atrapalhar é a falta de intimidade da KV com vitórias (nunca ganhou na Indy unificada). Mas já que nesse ano o regulamento técnico muda bastante, as coisas poderão estar mais equivalentes pra todos, pelo menos no início do ano.
Essas “colheres de chá”
podem ser determinantes para o sucesso de Barrichello nos EUA. Como
piloto talentoso e técnico que sempre foi, tem grandes chances de
fazer uma temporada excelente. Sem o clima pesado e a grande pressão
mental da F1 – coisas que, na minha opinião, sempre foram o
calcanhar de Aquiles de Rubinho – poderá despontar. Além do que,
não precisa provar mais nada a ninguém. É um piloto muito bem-sucedido e realizado (embora, infelizmente, alguns ainda façam
questão de não reconhecer). Quando se falar de F1 dos anos 90 e
2000, sempre se falará de Barrichello, goste você dele ou não.
Está na história.
Que Rubinho ganhe
corridas, que tenha sucesso. Ele merece. Ainda faz isso por ser um
apaixonado. E mesmo que sem a pressão por resultados,
está dando a cara a tapa. Tudo pode ser muito bom, mas também pode
não dar certo. Sua coragem para recomeçar, por assim dizer, é louvável.
Outra que estará torcendo bastante a favor do sucesso de Barrichello na Indy, é a própria Indy. Rubinho vai levar atenção que a IndyCar jamais teve depois da fusão com a ChampCar (quando voltou a ser a velha Indy), em 2008. É a grande chance dos americanos voltarem a ter um pouco do apelo, não só mundial como americano, que tinham até o fim da década de 90.
Mais um motivo pra que tudo dê certo.
3 comentários:
Era apenas questão de tempo o anúncio.
Que Barrichello tenha sorte.
Abraços.
Era apenas questão de tempo o anúncio.
Que Barrichello tenha sorte.
Abraços.
Das duas uma... Foi corajoso demais, ou muito burro.
Depende dos resultados ao fim da temporada.
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