domingo, 31 de janeiro de 2010

Metallica - 30 01 2010

A precisão das palavras é muito limitada, todos sabem disso, claro. Por isso tentar descrever o que me arrepiou das 21:35 às 23:40 nesse dia é difícil, pra não dizer impossível. Desde a intro, emocionante, diga-se, "The Ecstasy of Gold" já me vi numa daquelas situações que para o resto da vida vou me lembrar e recordar. Dos melhores pra não dizer o melhor show da minha vida. O mais dramático também, mas isso é história para outro dia... hehehe.

O show começou com "Creeping Death" que desde sua abertura já mostrava a quem estava lá que não veria um show normal, não veria uma simples apresentação internacional, e sim uma banda fazendo história por terras brasileiras, arrepiei-me pela primeira vez em um show cantando-a. Executada com perfeição ela deu lugar para outra música do mesmo disco "For Whom the Bell Tolls", essa sim cantada por todos os presentes. Durante a segunda estrofe, olhei para os lados, naquela que é a parte mas visceral, queria sentir a emoção, queria sentir o efeito da "comunidade Metallica" presente no Morumbi nessa noite, e não me desapontei. "Take a look to the Sky just before you die, is the last time you will".

Depois veio "The Four Horseman", clássico do primeiro disco "Kill 'em All". Porém essa música desde o "Live Shit" de 1993 carrega um pecado no meu ver, a exclusão de um pedaço de sua parte instrumental. Enfim, como era provável que não tocassem eu já estava preparado pra isso, por isso não senti muita falta, embora faça.

Depois, merecendo um parágrafo inteiro, "Harvester of Sorrow"(!!!). Essa era uma músicas das quais se qualquer um me perguntasse o possível set list eu diria: "é mais fácil passar o dia sem chuva em SP do que eles a tocarem". Por milagre, ou não, os dois aconteceram no mesmo dia e de uma vez, deixando a noite mais especial.

Tivemos depois "Fade to Black". Também um dos melhores momentos do show, com o público levantando seus telefones celulares e isqueiros. Nesse momento olhei para trás, estava me deparando com a foto da contra-capa do álbum "Master of Puppets" (é verdade que foi de dia, mas a sensação megalomaníaca era igual), impressionante. Pequenas fontes luminosas e chifres brilhantes a clarear ainda mais, ou pra ficar melhor, faziam "desaparecer o preto" da noite paulistana.

Acabada a canção, Kirk Hammet foi brilhante com seu momento solo. Ele que muita gente critíca, é verdade, mas que levata uma platéia de 68.000 pessoas fazendo solos virtuosos de guitarra. Poucos são os guitarristas que chegaram até aí, ou não chateam a maioria das pessoas ao fazer isso. Quem pode, pode.

Após, uma sequência do disco novo. "That was your Life", qual dê-mos nos a sentir os bumbos da bateria de Mr. Ulrich. Bumbos, eles faziam vibrar o tórax por dentro. E a caixa parecia mais uma metralhadora, principalmente na intro. Depois, a boa, e inclusive na mesma temática, "The End of the Line" e depois "The day that Never Comes" música mais conhecida nesse novo disco, que empolgou... mas não a mim. Essa música não me empolga, apenas curti o som, o momento, sem maiores ressalvas.

Pode se dizer que "Sad but True" tenha sido quando, em meados de 2006, comprei o "Black Album", a música que me fez gostar de Metallica, e nada mais perfeito que ela tocada,em um show histórico para mim. Tudo isso, enquanto a lua, proporcionando seu belo e gratuíto espetáculo de sempre, iluminava os fãs a cantar ou berrar esse belo som.

Hetfield em muitos momentos dirigia se a platéia perguntando "Can you Feel it?", sabe se lá se aquela noite era especial mesmo, pelo fato do vocalista estar fazendo o show gripado sentindo algo mesmo no quesito da superação, ou era apenas mais uma forma de "jogar para a torcida", de qualquer forma, eu conseguia sentir, algo que não senti muitas vezes até os presentes dias, alegria incontida da qual não tinha medo algum de extravasar.

Enfim, logo após a porrada "Broken, Beat and Scarred", eis que chegam os fogos de artifício, tantas vezes vistos por mim nos DVDs, tantas vezes ouvidos nos discos. Sons de helicóptero somados ainda a labaredas que brotavam dos lados do palco... era ela, One. Na minha opinião poucas músicas conseguem ser tão belas, agressivas e bem escritas quanto essa, coisa pra quem sabe muito, digo, pra quem é gênio.


Nem sentia o tempo passando, olhei no celular, chegavamos a 1h e meia de show, não parecia. Não julgava ter "perdido" ali mais de meia hora, incrível, senti como se o tempo não tivesse passado.


Eis que começa "Master of Puppets", outra música das quais mostra a genialidade dos caras ali no palco. Outro excelênte recurso visual, já que, além da pirotécnia do show, tinhamos telões, três, dois dos lados e um, o maior deles no centro, capazes de produzir belos efeitos psicodélicos, como, por exemplo no fim dessa música.


Outra gratíssima surpresa foi "Blackened", outra que achei que jamais fosse ouvir ao vivo, e a tocaram. Música com outro belo efeito, no refrão labaredas subiam aos lados do palco, labaredas capazes de esquentar os fãs ali presentes com suas mãos ao alto.

Depois disso tivemos a bela "Nothing Else Matters", uma música em que todos que já a ouviram sabem, menos é mais. Menos distorção, menos velocidade, menos "força"... grande feeling, essa não podia faltar. Destaque para a brincadeirinha de Hetfield com a bela palheta (queria uma, mas sou pobre, pista VIP é um sonho distante...) do Death Magnetic. E depois o grande sucesso dos anos 90... "Enter Sandman". Bom, essa eu não preciso descrever como foi, todos que lêem esse texto devem conhecê-la. Pulei até meus pés acabarem, gritei até bater a falta de ar brindada com a rouquidão (que, aliás, corroe minha garganta até o presente momento).

No bis, Hetfield chega a pratéia querendo homenagear uma banda das quais haviam já feito cover no "Garage, Inc." de 1998. Vieram muitas músicas a minha cabeça, porém ele escolheu Stone Cold Crazy do Queen. Diria eu agora, "Nada mais justo". É, depois de uma noite tão clássica teriamos que ouvir aquele, que dizem ser, o primeiro Thrash Metal da história de uma banda muito mais clássica e lendária que qualquer outra que eles fossem tocar. Muito bom!

Depois outra surpresa, "Motorbreath". É uma pena que hoje em dia eles não consigam cantar ela da forma mais aguda e inconsequente com a qual faziam no disco de estréia, porém é uma daquelas que achei que nunca fosse ouvir, outra que valeu demais a pena.

E o "Gran Finale", como costume, todos sabiam que seria "Seek and Destroy". Por varias vezes Hetfield segurou o microfone para a platéia cantar, principalmente nos refrões, onde se ouvia tudo de todos que cantavam ao meu lado, excelênte. Tão excelênte quanto a presença de palco de Rob Trujillo rodando seu baixo assim como fez no México, show do DVD recém lançado. Por sinal, grande presença de palco do baixista, não só nesse momento, como também no resto do show.

O show terminou, depois de muito implorarem "one more song" para Seek and Destroy, eis que acabava ali um dos melhores shows de todos os tempos. "Espero que não demoremos 11 anos para voltar pra o Brasil de novo" disse Lars Ulrich. De fato é o que também espero, e com muita ansiedade, quero experimentar de novo essa emoção de ver o Metallica ao vivo.

Saindo do estádio, (por sinal, tenho que dizer, bela estrutura promoveu a organização) olhei para trás, queria ver tudo aquilo mais uma vez, aquilo que tinha acabado e que tanto me emocionou, me emocionou mais que qualquer outro show que eu tenha visto, todos caminhando para as respectivas saídas, com o ar da satisfação. Tenho certeza de que ninguém vai esquecer aquilo jamais. E pra mim, esse será um daqueles dias que pra sempre vou lembrar, quando morrer, quando passar aquele filme sobre mim que falam que acontece, estará lá esse show com certeza.

Ah sim, Sepultura abriu o show. Uma boa abertura, diga-se, mas muito pouco diante do que foi a passagem do Metallica por aquele palco logo depois.

Eu diria pra terminar, fazendo uma conexão com o mundo do esporte a motor, uma frase que certa vez ouvi e que achei boa para descrever um bom momento tão vívido quanto foi o show deste 30 de Janeiro de 2010. "É numa dessas que a bomba de óleo pára".

Set List:
-Creeping Death
-For Whom The Bell Tolls
-The Four Horsemen
-Harvester Of Sorrow
-Fade To Black
-That Was Just Your Life
-The End Of The Line
-The Day That Never Comes
-Sad But True
-Broken, Beat and Scarred
-One
-Master Of Puppets
-Blackened
-Nothing Else Matters
-Enter Sandman
----bis----
-Stone Cold Crazy
-Motorbreath
-Seek and Destroy

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

2 em 1 (ou 1 em 2?)

É, eu não esqueci daqui, apenas estou dando aquela relaxada... mas nao se preocupem, tô aqui de novo, rs.

Vim pra falar dos lançamentos, pra aquilo que parece, pelo menos pra mim, outra pré temporada de costume, pois os carros nesse ano prometem ser mais feios que no ano passado, quem diria que dava pra piorar!


Vimos ontem Ferrari e hoje McLaren. Como se disse por aí, parecem muito com o RB5, dito o melhor projeto de 2009, pois não usava um difusor traseiro de dois andares, a moda da temporada passada. Adrian Newey descobriu outra forma de aumentar o downforce atrás, o que era, e é, o grande déficit dessas configurações aerodinâmicas impostas pela FIA. A história todos sabem, somando-se a inexperiencia de Vettel no início do ano, com a evolução do projeto que só estreiou na Inglaterra a Red Bull acabou se comprometendo, a F1 é cheia dessas histórias.

Que tal uma comparaçao entre esses modelos?








Taí, bico mais alto, evidente a olho nu, além do defletor bem visivel pintado de branco no carro da Ferrari. Além disso, ainda no caso da Ferrari o desenho côncavo no meio do bico lembra muito o do RB5. Na Mclaren há os defletores, que nao existiam ali no ano passado.





De lado a largura dos espaços dos radiadores parecem bastante, muito grandes. Isso também é explicado pelo tanque maior, mesmo assim o RB5 já se mostrava bem largo a olho nu. A bigorna no caso da McLaren também se parece bastante com o carro do ano passado da Red Bull já que é extendida até o aerofólio traseiro.
Enfim, foi o que indentifiquei. Se vocês viram mais alguma coisa coloquem nos comentários!