quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

The Boss is back


Se eu tivesse a oportunidade perguntaria agora, "o que lhe fez parar?" certamente isso não foi de sua livre espontânea vontade, teve-lhe ao pé do ouvido alguém lhe persuadindo, a mulher talvez, filhos, enfim, não era ele, aquele que vimos na entrevista coletiva ao fim do GP de Itália em 2006 anúnciando que se retiraria das pistas permanentemente. Não, não era ele, se fosse não faria o que fez agora.

Não assinaria um contrato de simplesmente 3 anos com um time sério como a Mercedes, que vem pra ganhar, que vem com dinheiro para financiar grandes conquistas não apenas a participação de seus carros no mundial como fizeram Toyota, Honda e Jaguar, se não quisesse voltar a ser aquele imbatível alemão destruidor de tudo e todos que ficavam entre ele e as vitórias.

No auge de seus 40 anos, 41 fará dia 3 de Janeiro, eis que vira oficial, Michael Schumacher é novamete piloto de F1. O que será que esse cara quer provar? não sei mesmo, tem todos os recordes relevantes da F1, conquistou tudo, não sobrou nada, o que quer? quebrar o recorde de GPs de Barrichello?(aff...) Não acho que ele ligue pra isso. Quer saír por cima? Acima de tudo que já passou pela F1 ele já está. Quer simplesmente vencer de novo? Ao que parece essa é a hipótese mais plausível. Agora fica claro aquilo que até há um ano, ou em isso, se discutia quando o mesmo caíu de moto na Espanha, o cara tem o espírito de guerreiro competidor espalhado por todo o seu corpo heptacampeão.

Enfim, Assim fechamos as 3 grandes com Button e Hamilton na McLaren, ex-flecha de prata, Massa e Alonso na Ferrari, que ainda continua sendo pra mim a maior favorita ao título, e Rosberg e Schumacher (quem diria!) na atual frecha de prata a Mercedes Petronas GP. Será que Schummy vai fazer o mesmo que fez com Brundle, Herbert, Irvine e Barrichello, com o pequeno Nico Rosberg? Se entrar em seu caminho, tentará ao menos.

Deixei o Petronas ali em cima pra destacar por fim, novamente, que para esse projeto dinheiro pra "encher as burras" não faltará, e sobrará. E com Ross Brawn atrás da prancheta difícilmente não sairá um grande carro, então pessoal, olho no alemão (de novo!).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A boa e velha Indy

Sinceramente, assistindo as últimas provas da Indy estou sentindo muita saudade dos velhos tempos. Dos anos 90, quando assistiamos à Al Unser, Jr., Gil de Ferran, André Ribeiro, Bobby Rahal, Alessandro Zanardi, Jimmy Vasser, Robby Gordon, Michael Andretti, Adrian Fernandez, Scott Pruett, Greg Moore... etc.

Era uma outra época, pilotos talentosos, business não falava tão alto, tinhamos pistas mais técnicas, e mais importante, boas corridas, algo que anda em falta hoje em dia (ainda não desceu na minha garganta aquela corrida em Homestead). Sou só eu ou essas corridas atuais da Indy parecem mais vale-tudo arranjado?

Enfim, ofereço-lhes duas chegadas épicas do ano de 1995, duas provas que, por sinal, foram seguidas. Respectivamente, uma em Cleveland e a outra em Michigan. Curtam!



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ponto a ponto


Todo mundo está dando suas opiniões quanto ao novo sistema de pontos da F1. Hoje acho que vou declarar uma coisa inédita nesses tempos de "pensador" automobilístico. Eu não tenho uma opinião formada sobre isso.

Pode dar errado por um lado, já que no meu ver estão banalizando demais os pontos por prova, já que antigamente pontuar, mesmo que fazendo 1 pontinho, numa mísera corrida em uma carreira inteira era um degrau a mais, ou seja, via-se o piloto em outro patamar, diferente daquele que não havia pontuado. E isso ao que parece pode se perder um pouco com esse novo sistema, assim como os valores estatísticos da história, mas é verdade que isso é bem relativo.

E não venham me dizer que os tempos são outros, no quesito de pilotos serem mais burocráticos. Deixe alguém errar na frente de alguém, que seja numa disputa de 14° lugar, pra ver o que acontece. Pilotos querem ganhar, mais do que tudo, e se chegaram a F1 foi por essa sede de resultados. Todos que estão lá, pagantes ou não, correm há tempo suficiente pra aquilo deixar de ser uma simples brincadeira.

Tem também o fato, ainda no "dar errado", de que o campeonato pode ser disputado por bem menos gente, ou então nem ser disputado, imaginem só se essa fosse a pontuação vigente nesse ano. Button teria ao fim do GP da Turquia, última que venceu nesse ano, 162,5 pontos, o que além de ser um número estratoférico pra F1, seria uma vantagem ainda maior para Barrichello o 2° na época que teria 82 pontos, apenas!

Mas, pode dar certo por outro lado também, já que as quebras são muito menos frequentes principalmente de 2007 pra cá. E tem ainda aquela história do número regulamentar de câmbios e motores por ano, ou seja, está no regulamento que se quebrar vai se dar mal. Pra isso os pontos extras viriam bem a calhar, já que as equipes novas precisam de incentivo para continuar a investir na F1, para que não corramos mas o risco de termos um grid tão magro como quase tivemos esse ano. Fora que, além dessa parte esportiva, vale grana também.

Fora ainda o fato de termos no ano que vem 26 carros, assim se a pontuação ficar só entre 8 primeiros ficaria mais difícil ainda de algumas equipes saírem do zero

Se tivermos, também hipotéticamente, um campeonato de forças niveladas com vários pilotos tendo a possibilidade de vencer seria melhor, já que a vitória seria valorizda em mais 3 pontos.

Enfim. depois desses dados e desses argumentos, é difícil para eu saber qual o meu preferido. O antigo deixava a briga na frente mais acirrada mas ou mesmo tempo é menos populista, e o novo vice-versa, isso se não tivermos um equilíbrio grande de forças, o que tenho minhas dúvidas se irá acontecer, pois NÃO estamos mais nos anos 60 e 70.

Pensando bem, acho que isso só foi botado em questão, além do número de equipes novas alinhando no Bahrein no ano que vem, o fato de Felipe Massa com mais vitórias não ter ganho o título de 2008. Sim, foi só apartir dalí que começou a se discutir uma possível mudança no sistema de pontos. Pelo jeito para FIA não é interessante ter um campeão com menos vitórias que um dos respectivos adversários, e é isso que ela quer evitar com ese novo sistema.

Enfim, não tenho opinião, até ver carro na pista, primeiros GPs, assim sendo, primeiras impressões. Sem idéia...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dezembro, 14 anos de idade

É. Dia 8 de dezembro de 2004. Eis a data da qual eu ainda não sabia, mas ficaria marcada pelo resto da minha vida. Não, nada comigo, apenas com alguém que viria a ser importante pra mim no futuro próximo.

Dia 9 de Dezembro de 2004, mais ou menos 9:45 ou 9:50 da manhã. Eu acordava naquele momento. Acordava talvez num dos melhores ânimos, afinal não sabia o que eram recuperações àquela época e também porque talvez tenha sido o ano mais legal no colégio até a data em questão, mal sabia eu que o de sempre também. Mas enfim, voltando, liguei eu a TV na MTV, coisa que fazia muito por aqueles tempos. Mesmo que minhas bandas favoritas quase nunca fossem temas de programas, eu adorava matar tempo vendo o canal. Naquele dia dei-me de cara com o extinto programa "Riff" (igualzinho ao Lab, mas feito apenas de Metal) e pus me a assistir.

Era fim de programa, acabara de passar um vídeo clipe do qual não havia gostado, nem lembro de quem era, só lembro que não gostei. Depois disso veio o último clipe. O programa de tão "nas coxas" que era feito não tinha nem apresentador. Alguém escrevia os textos, em um fundo de tela (que lembrava muito a arte do primeiro disco do Sabbath) e você tinha que ler se quisesse saber de alguma curiosidade ou justificativa do clipe em questão.

Lembro de ter lido algo como homenagem, não sei, ainda estava meio sonado. Logo em seguida começa um som esquisito a primeira audição. Pensei, "Que estranho, tecno misturado com Metal". A música foi tocando... e eu me afeiçoando gradativamente. Principalmente ao refrão, cantado rápido, por um cara agitado e de moicano, que além disso fazia uma voz do mal. Vi as cabeças balançando, vi também como aquilo era completamente diferente do estava acostumado, e além disso cativante a mim. A linha de guitarra, algo como uma marreta... enfim pirei.

Logo após o som, vi eu de que banda se tratava. Pensei na hora, " hmmm, acho que esse som não vai fazer muito sucesso aqui em casa se eu começar a ouvir pra valer" vale dizer que sou de família religiosa, que já achava uma heresia ouvir Nirvana.

Mais tarde naquele dia fiquei sabendo que o responsável por aquela "marreta" que me fez acordar de manhã havia morrido noite passada, dia 8. Nem lembro de que a mulher, que apresentava o também extinto "Disk", tinha dito. Só lembro do morreu.

Enfim. Nunca tinha ouvido nada igual àquilo, era como quebrar regras, era algo fantástico e que não caía em mesmice rítmica, um problema de VÁRIAS bandas do estilo Metal. Mas como não conhecia acabei deixando cair no esquecimento. A única coisa que lembrei durante muito tempo foi uma frase, aliás, nem isso, um pedaço do refrão em que dizia-se "down below".

Algum tempo depois, precisamente em Junho de 2005, numa época que vivia eu entre Pearl Jam's, Red Hot's (Chili Peppers... durh), Rage Against's (The Machine... durhh (2)) eis que surge um amigo que possuia todos os discos daquela banda. E que inclusive duvidara que eu conhecesse algo sobre a banda em questão, achou que eu fosse mais um poserzinho. Disse pra que eu dissesse o nome de uma música pra cetificar-se de que falava com alguém que entendia, e eu disse...

Ele me emprestou o disco título da música, dei a ele, nessa troca, se bem me lembro um dos meus DVD's do Rage Against the Machine. Tá, levei pra casa, esperei após o almoço, para que todos fossem se "atarefar" para colocar o CD com a porta do quarto fechada.

O que viria a escutar naqueles minutos seguintes mudaria minha vida, acredito eu, pra sempre. Sim, lá se ia a primeira faixa, já conhecida, pelo clipe, e relembrada na hora, pulei para segunda descobri que já havia escutado em algum lugar, não sabia ao certo, terceira, e uma arma de entrada me fazia pensar melhor sobre meus gostos vigêntes, quarta, "belo instrumental!", pensei, quinta uma baladinha, que não me empolgava muito, sexta, algo com "Motherfucker" era dito antes de que se conte um tempo pra uma das músicas mais ultrajantes que havia me prestado a ouvir, sétima, eu sabia que a partir dali "marretas e britadeiras" metafóricas fariam parte dos meus timbres favoritos de guitarra, oitava, via ali, mais do mesmo, mas com um início de som que me fazia pular sozinho, nona, um clima, que de tão sombrio, mais parecia o de um filme de terror, décima, algo que parecia um hard turbinado (só depois viria a saber do passado obscuro dos indivíduos em questão), décima primeira, outra baladinha, mas que me empolgou mais do que a quinta, estranhamente. E a cereja, a décima segunda faixa que até hoje me faltam palavras para descrever o que achei dos riffs de entrada, e do solo feito por aquele que tinha morrido.

Bastou isso para que o Pantera (tchã-nã) sempre figurasse, ou melhor, estrelasse como uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos. Local no qual se encontra até hoje. E Dimebag Darrell, o "homem marreta", fosse até hoje um tutor guitarrístico para este que vos escreve. Tão admirado por mim, que hoje, 5 anos após sua morte, 4 anos, 364 dias e sei lá o que mais, que tive meu primeiro contato com sua música, eu escrevo este post.

Não quero caír em clichês (embora já tenha caído em vários mais acima) do tipo "obrigado grande mestre" ou "adeus mestre", ou então, "descanse em paz grande homem". Sei lá, prefiro deixar o mistério no ar, prefiro continuar vivendo a fantasia de tê-lo vivo a cada vez que coloco seus CDs no player, e além disso, também prefiro, mais do que dizer por palavras secas, mostrar a vocês o que me mudou desde então:



Salve, Salve!