quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.8)


The Enemy Within, 4ª do disco Grace Under Pressure de 1984. "O timbre chega a beirar o The Police" diria alguém, o mais puro Reggae n' Roll do trio canadense. Grande exibição de um grande álbum, o qual recomendo a audição, na verdade, recomendaria à quem não conhece a banda, esse, o Moving Pictures e o Permanent Waves, são o que o Rush tem de melhor, e não são extensos, (8, 7 e 6 músicas respectivamente) não cansando o ouvinte.

Ah, claro. @leandrusfla ficaria feliz se eu mandasse um alô pra ele... tava pedindo algo do Grace Under Pressure. Taí, pronto.

domingo, 24 de outubro de 2010

Korean Drama


E foi com ótimos traços de um filme de drama/suspense que foi realizado o primeiro GP de F1 em domínios sul-coreanos. Dessa vez o amigo roteirista do além desafiou nosso sono e paciência quando adiou a largada em 10 minutos, fez os carros darem 3 voltas atrás do Safety Car e colocou uma bandeira vermelha de 48 minutos madrugada a dentro no Brasil. E Mais, depois disso outras 14 voltas intermináveis atrás do SC. Mas lhes digo... foi um esforço que valeu a pena.

Alonso ressurge das cinzas. A Ferrari que lá por junho e julho procurava um lugar para enterrar o quase perdido ano de 2010, agora, tem Fernando como o piloto que mais ganhou corridas nesse ano, e liderando o mundial de pilotos. Uma virada e tanto, e tomando por base os campeonatos ganhos por Alonso em 2005 e 2006, quando a consistência e constância foram os grandes trunfos do espanhol, não existiria um momento do campeonato mais inoportuno do que esse para um abandono duplo da Red Bull.

Webber e Vettel não podiam ter tido um dia pior. O primeiro errou grosseiramente (no sentido de a prova ter acabado de começar) e rodou, ainda levando o inocente, e eficiente até aquela altura da corrida, Nico Rosberg. O segundo vinha com amplo domínio da prova e de seus desenrolares. Ganharia e faria Webber engolir seco tendo que trabalhar, provavelmente, para ajudá-lo nas últimas 2 provas. Porém Sebastian foi traído pelo ultra confiável motor Renault, que durante o ano jamais havia quebrado. Quebrou na hora errada. Péssima prova da Red Bull que pela primeira vez no ano passou uma corrida zerada.

Hamilton deve ter alimentado um pouquinho suas chances de campeonato em sua cabeça, poderia ter ganho não fosse ao pote com muita sede numa das relargadas, mesmo assim, um bom segundo posto. Mas continuo duvidando que a McLaren tenha performance parecida ou superior à Red Bulls e Alonso nas provas finais a ponto de disputar algo. Anyways, Hamilton tem chance.

No mais, múltiplos acidentes, Massa em 3, Liuzzi fazendo sua corrida do ano, Sutil dirigindo como um caminhoneiro bêbado, demente, míope, na chuva e fora do prazo de entrega da carga e a Sauber e a Williams nos pontos. Além, claro, do fim de corrida fotogênico, ao crepúsculo, quase totalmente noturno, em Yeongam com 2 horas e 48 minutos de vida complicada para pilotos e equipes.

Porém, como todo bom filme de suspense, deixou pontas a serem coladas pelo desenrolar da história futuramente. Mais precisamente, nesse caso, em 3 semanas.

sábado, 23 de outubro de 2010

Touros Santos


Santo Vettel. 9 pole positions em 17 qualifyings disputados até a presente data. Como já disse no comentário sobre o GP do Japão, se o alemão fosse um pouco menos impetuoso nos atos dentro da pista a F1 estaria apenas cumprindo tabela na Coréia do Sul. Não foi, melhor pra nós.

Webber em 2º mostra mais do que um domínio, como previsto, da Red Bull. Mostra que pode “marcar” Sebastian Vettel amanhã sem problemas, o que para o australiano já é muito bom em termos de campeonato. Aliás, ele e Vettel mostram principalmente no 3º setor, o mais curto da pista, o quanto o carro da Red Bull é perfeito em termos de chassis. Enquanto que no longo 1º setor ambos levam cerca de 0.2s da concorrência, no último, menos da metade em distancia em relação ao 1º, ambos RB6 enfiam 0.3s no resto. É um carro fenomenal pra dizer o mínimo. Santo Adrian Newey.

Alonso em 3º, como todos na fila ímpar do grid, sai em posição estratégica de largada. O cálculo feito pela Ferrari segundo Marc Gené é de que os carros da fila par percam cerca de 20m em relação aos ímpares na partida (fonte: F1 Fanatic) por conta do lado de dentro do circuito não ser utilizado como traçado, assim carenciando de emborrachamento e sobrando em sujeira. Que, aliás, poderá ser outro problema se chover antes da prova, deixando a pista mais escorregadia. Mas de qualquer forma nada que um eficaz serviço dos fiscais, com suas vassourinhas, não resolva.

Massa vai tentar ajudar Alonso, dessa vez com pneus duros no primeiro stint. A tradução dessa estratégia na minha cabeça é: Já que Felipe não consegue andar rápido pra ajudar Fernando vão fazer andar lento para tentar fazê-lo. Vamos ver no que dá.

Não há nada sobre a McLaren para comentar, na minha opinião. Serão coadjuvantes mesmo e apenas tirarão pontos dos 3 postulantes ao caneco, campeonato mesmo, já era. Apenas faço um destaque negativo a Force Índia que vai voltando de onde saiu no começo desse ano. Liuzzi não merece ter seu contrato renovado e Sutil se não pular fora do barco rapidinho pode ser que afunde à rabeira do grid com ele... de novo.

Não sei se a corrida será boa, mas inegavelmente o circuito de Yeongam (ou da futura faraônica Yeongam do ano 3000) é muito desafiador, difícil pelos bumps nas freadas depois dos retões e que exigirá um grande preparo físico no que diz respeito ao pescoço, principalmente no trecho da curva 7 a 11. Dirigir lá deve ser divertido, acredita esse humilde blogueiro.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.7)


2112. Dispensa qualquer apresentação. Som fala por si só. A música tem 20 minutos, divida foi em 3 partes. Essa é a 1, a 2 é essa, e a 3 procurem vocês (se não tiverem saco, ouçam só a 1. É a que o Rush tem costume de tocar em shows). Pra polemizar, o Grand Finale é minha parte favorita. Som obrigatório na coletânia do blog... sem mais.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

One Comment

Surrupiei o título do Flavio Gomes... essa foto merece.
Essa a entrada dos pits hoje à tarde na Coréia do Sul. Ai, ai... (foto: @adamcooperf1)

Para gostar de Rush (Vol.6)


Time Stand Still, 2ª faixa do disco Hold Your Fire de 1987. Quem nunca quis parar o tempo em algum momento muito feliz da vida? Eu já... várias vezes. Diria que é meio inexplicável a magia desse som, é suave sem deixar de ser impactante e tem uma aura límpida como um dia de céu azul sem nuvens. Não é exagero, passa um sentimento de liberdade interessante, por mais complexo que seja o delírio que eu esteja a descrever. Tão complexo quanto as emoções humanas.

A única ressalva faço ao video clipe, meio ridículo. Mas a música é demais.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Darwinismo motociclístico


15 motos. E estamos falando do ápice do motociclismo on-road. 15 motos. E estamos falando da categoria almejada de 11 em 10 pilotos no mundo das duas rodas. 15 motos. E falamos de uma categoria que mesmo com 15 motos ainda dá água na boca em qualquer piloto de qualquer uma das 22 motos da Superbike. Tão é verdade isso que vemos vários jovens como James Toseland, Ben Spies, Colin Edwards, Chris Vermeulen e Troy Bayliss abrirem mão de uma carreira já bem sucedida por lá para chegar à MotoGP.

Porém se nada for feito para aumentar esse grid minusculamente ridículo pode ser que ela perca força, e porque não, deixe de existir. É dita uma categoria mais cara pelo fato de suas motos serem obrigatoriamente protótipos, e é aí que reside o grande problema. A viabilidade, pesquisa e paciência de desenvolver uma moto diferente cada ano para as montadoras é algo que parece hoje desencorajá-las a entrar na MotoGP. Mais do que isso é também a falta de testes, que mesmo reduzindo custos em termos de logística, a longo prazo apenas faz aumentar a diferença entre quem está na ponta e quem luta para por pontos e pódios.

Algo tem que ser feito para diminuir o “darwinismo” na categoria, senão veremos mais e mais cenas como as estreladas pela Kawasaki em 2008 e pela Suzuki nesse ano, que não sabe o que faz.

É hora de uma política de crescimento, a lá “Big Stick” ou o nosso “50 anos em 5” (de modo ordenado, claro). Porque ver uma corrida como foi a da Austrália nesse último domingo dá dó. Ao invés de 15 poderiam ser até 14 motos largando se Kallio tivesse queixado-se de suas dores no ombro antes da prova., ou seja, além de todos que chegassem pontuassem teríamos a 15ª posição de valor 1 ponto vaga.

Chegou o tempo da FIM e da Dorna colocarem um pouco do talento que têm para fazer transmissões maravilhosas em uma medida que privilegie a entrada e a manutenção de equipes de médio porte, pois uma categoria não se faz só de grandes nomes, por mais tosco que isso possa soar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.5)


Witch Hunt, do disco Moving Pictures de 1981. Disco tido como melhor do Rush e executado por completo na turnê atual, Time Machine. Decidi não ser óbvio na minha escolha de uma faixa desse CD. Digo a vocês, nesse álbum há Tom Sawyer, YYZ e Limelight, dentre as conhecidas e aclamadas (com razão, diga-se) pela massa.

Mas são poucas coisas que me tocam nessa vida da forma como faz o arranjo dessa música, que embora simples dissecado tecnicamente, carrega uma infinidade de sentimentos. Um som de teclado que chega a beirar o angelical em contraponto com um clima denso de uma caça à “bruxas” na idade média. Experimente!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Cara de filme antigo


10 anos irão separar no ano que vem. Muito tempo. Nesse intervalo a Sauber perdeu o patrocínio fortíssimo da Red Bull, deixou de existir e voltou se não das cinzas sabe-se lá de onde, já que colocar um carro sem patrocínios para correr quebra as barreiras do sobrenatural e começa a parecer loucura dado mundo capitalista que se encontra a F1 atualmente.

Em 2001, 10 anos antes, a Sauber se reformulava totalmente. Contratava o campeão da F3000 em 1999, e piloto de uma das cadeiras elétricas azuis da Prost em 2000, Nick Heidfeld. Contratava também um jovem finlandês de 21 anos vindo da Fórmula Renault inglesa, Kimi Raikkonen. Contratação, essa última, que fora criticada exaustivamente pela imprensa, por técnicos, pilotos e até pelo presidente da FIA, Max Mosley, na pré temporada, já que Raikkonen havia feito apenas 23 corridas de monoposto na vida até ali. Mas para Peter Sauber, tudo valia para não repetir o desastre de 2000, quando o time viveu uma temporada horrível com apenas 6 pontos no ano, todos conquistados por Mika Salo.

E foi também com um forte patrocínio novo, o banco Credit Suisse, que o time suíço chegou a Melbourne com a missão de provar a todos que seu investimento (ou a falta dele) numa dupla de pilotos a ser lapidada durante o ano a fora seria uma boa idéia.

O resultado de imediato foi sensível. Já na Austrália, Heidfeld e Raikkonen pontuariam em 4º e 6º respectivamente. No Brasil, 3ª prova, Heidfeld conseguiria seu primeiro pódio da carreira, 3º, com o time que não subia ao pódio desde o GP da Bélgica em 1998. Raikkonen também silenciou seus críticos com os notáveis 4º lugares na Áustria e no Canadá.

Dessa forma o time de Hinwill cravou sua melhor temporada, desde sua entrada na F1 em 1993, com 21 pontos. Escrita que só seria quebrada em 2004, porém com o sistema de pontos vigente em 2001, (apenas 6, e não 8 pontuando) os 34 pontos feitos no ano teriam sido apenas 12. Ou seja, 2001 é a melhor temporada da Sauber até hoje.

Em 2011, 10 anos depois, os carros da Sauber serão dirigidos pelo japonês Kamui Kobayashi, com praticamente um ano de F1 na bagagem, a lá Nick Heidfeld, e o mexicano Sergio Pérez, vice da GP2 nesse ano, que terá completado 21 anos cerca de um mês e meio antes da estréia, jovem como Kimi Raikkonen. Além claro do patrocínio forte, a mexicana telecomunicadora Telmex, como a Credit Suisse em 2001.

As semelhanças são visíveis, valendo a pena mencionar o nome de James Key, ex-engenheiro da Force India, que chegou à Sauber em abril. Desde lá, o que se viu a olho nu foram os carros suíços progredindo e o mesmo não podendo ser dito da parte dos indianos.

Poderia ser a história se repetindo? Difícil dizer. Mas da astúcia de Peter Sauber não devemos duvidar.

E se você leu esse texto até o fim e é do tipo que curte fazer bolões de F1, acredito que eu já tenha preenchido pra você a lacuna antecedida por “Revelação do ano” no ano que vem.

domingo, 10 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.4)



Natural Science. Sexta e última faixa do disco Permanent Waves de 1980. Confesso que via Rush com maus olhos até ouvir esse som, culpa do rótulo progressivo. De fato, são 9 minutos de música. Mas uma música com temas distintos, interessantes, e sugestivos, me referindo à letra, por fim. Arrisco dizer que em CDs de estúdio essa é a melhor performance do trio na carreira. Obra prima.

Esperança (re)nascente


Talvez Vettel tenha aprendido, talvez não vá cometer mais erros ridículos e talvez enfim sua cabeça tenha conquistado um pouco da sensatez necessária para erguer um troféu de campeão do mundo. Talvez. A certeza é que se Sebastian tivesse um pouquinho mais de noção em seus atos dentro da pista durante o ano, esse campeonato já teria dono.

O ditado diz que você é tão bom quanto sua última corrida, sendo dessa forma Vettel com seus 3 últimos resultados à frente de Webber e a vice liderança dividida com Fernando Alonso passou a ganhar um status sólido na luta pelo título. Mas é esperar para ver. Das 3 provas a serem cumpridas a Red Bull ganhou duas ano passado, exceção a Coréia, obviamente. Ou seja, são mais favoritos do que já eram, e Seb parece inspirado.

Mas se por um lado Vettel cresce, por outro Webber se acomoda, não sendo ainda tempo de começar a administrar sua vantagem no campeonato. Como ele mesmo disse, precisa ganhar outra corrida. Até mesmo para consolidar sua imagem de possível campeão do mundo, porque já vimos na história da F1 que pilotos precisam fazer boas corridas sob grande pressão se quiserem títulos, sendo isso uma verdade quase (acho que totalmente...) universal para todos campeonatos já disputados.

De resto, a McLaren e Hamilton (Porque pra mim Button jaz em paz há tempos) vêem um campeonato indo inteiro pela janela, graças a erros, azares e problemas mecânicos. Na verdade, esse fim de semana no Japão teve de tudo isso para Lewis. E na minha mente não imagino mais o time de Woking com chances de ser campeão. Quem lê meu blog sabe que era minha oposta, perdi, me estrepei... admito.

Menção, claro, a Kamui Kobayashi. Que piloto é esse? Como um ateu, ante aos vários problemas de turbulência, não de hoje, em Suzuka, simplesmente fez 5 ultrapassagens no hairpin do circuito de sua terra natal, ignorando todo e qualquer problema de estabilidade causado por turbulência. Foi o nome da prova. Destoou do resto, algo que tem feito com freqüência, e destoar é algo que os grandes sempre fazem em carros limitados, ou seja...

No mais, prova com várias vítimas e acidentes plásticos na primeira volta. Ratifiquei o quanto amo ver vários “Out’s” na classificação das corridas. Rodas estranhamente saindo em Kubica e Rosberg, e Felipe Massa mais uma vez decepcionando numa batida da qual dispõe de 100% de culpa.

Enfim, achei uma corrida divertida... acho que fui o único.

O que há?

Dia 2 de novembro de 2008. Massa saia de Interlagos vice campeão do mundo tendo colocado metaforicamente uma mão e quatro dedos na taça. A decepção era lógica. Um título perdido na última das setenta e UMA voltas é algo muito cruel para um esportista, tão quanto para seus fãs que viam ali naquelas 3 voltas a possibilidade de ver um piloto brasileiro campeão no Brasil.

Veio o ano de 2009, e com ele uma decepção. O Kers não era a carta na manga que todos pensavam ser. A Ferrari sofreu, não foi a única, mas dramaticamente passou 3 corridas sem fazer um ponto sequer. Massa passou 4, porém isso não o impediu de chegar a Hungaroring à frente de Hamilton e Raikkonen no campeonato de pilotos, em 5º, apenas atrás das Brawn’s e Red Bull’s. Vinha em alta, vinha de ser 4º saindo de 11º na Inglaterra e do primeiro pódio do ano uma corrida antes, na Alemanha. O brasileiro estava em grande fase dadas as proporções de momento.

Foi quando a mola do Brawn de Barrichello caprichosamente inerte dada a velocidade dos corpos foi abalroada pelo capacete de Massa, deixando-o de fora do restante da temporada.

Chegou 2010, e com ele Fernando Alonso à Maranello. Massa começou o ano bem. Chegou a liderar o campeonato, mas foi a partir da China que tudo começou a desandar. Falta de desempenho, regada à cobranças das mídias e da torcida. Varias teorias elaboradas, mas nada tido como verdade incontestável.

Afinal de contas... O que Aconteceu com Massa?

Onde está aquele piloto aguerrido que foi até 2009? Tenho 2 hipóteses para tentar explicar: 1. Felipe perdeu espaço na Ferrari e agora se sente pressionado tendo a figura (no sentido da personalidade) de Alonso ao lado no time, alguém muito mais presente e político do que Kimi Raikkonen. 2. Felipe não consegue se adaptar ao F10, que até onde se sabe, é um carro que possui dificuldade no aquecimento dos pneus, e por ter um estilo de pilotagem mais limpo, Massa sofre mais que Alonso.

São hipóteses muito na conta do meu achismo, confesso. Pode não ser nenhuma delas, como também podem ser ambas ao mesmo tempo. Pode ser sequela, embora não acredite nisso, há possibilidade, não seria o primeiro caso na F1. A verdade é que o Felipe Massa de 2010 está longe de ser o Felipe Massa que conhecíamos anteriormente, e pouco reflete isso tão bem como essa 12ª posição no grid em Suzuka hoje. Curioso é que Massa foi o único piloto que completou todas as corridas em 2010, mas é talvez o que mais esteja deixando a desejar. Coisas da F1...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.3)



Armor and Sword, 2ª faixa do disco Snakes and Arrows de 2007. Parodiando o título do álbum, a música traz a velha máxima daquele famoso dito popular "panela velha é que faz comida boa". De fato, mais de 30 anos de carreira não pesaram nas costas dos canadenses, apenas serviram de bagagem para aprimorar cada vez mais o grande trabalho que fazem. Esse disco (dos mais técnicos da carreira do power-trio) é prova viva.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.2)



The Big Money, primeira faixa do disco Power Windows de 1985. Disco no qual o Rush começa a abusar dos teclados, efeitos e baterias eletrônicas. Era o apogeu da era eletrônica que contava com grupos como A-ha, B52, The Police, Oingo Boingo, etc... Meio nessa onda, o trio canadense acabou aderindo de certa forma à moda, o que acabou deixando (e na verdade, deixa até hoje) alguns fãs dissidentes quanto a essa fase da banda. Bobagem na minha opinião, grande CD, grande som.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um triste adeus


Talvez você nunca tenha o visto, talvez você nunca tenha ouvido falar dele, mas um dos homens que fizeram o Brasil ter o sucesso que teve na F1 dentre a década de 70 e 80 foi um gerente/engenheiro da Lotus chamado Peter Warr.

Depois de ser um piloto sem grande sucesso, Warr foi contratado por Colin Chapman no fim de 1969 para fazer parte da equipe Lotus. Parceria mais do que vitoriosa, já que fizeram do austríaco Jochen Rindt em 1970 e do brasileiro Emerson Fittipaldi em 1972 campeões mundiais, fora as vitórias que conseguiram com o não menos grande sueco Ronnie Peterson de 73 a 75.

Com a queda da Lotus nos anos de 75 e 76, Warr aceitou o convite de se juntar à novíssima e de grande potencial equipe Wolf. Com o carro projetado por Harvey Postlethwaite e pilotado pelo sul- africano Jody Scheckter, conseguiram uma façanha na F1 moderna apenas igualada em 2009 pela Brawn GP e Jenson Button, ganhar a primeira corrida para uma equipe completamente nova.

O tempo passou, a Wolf decaiu à falta de resultados expressivos mesmo tendo o campeão de 1976, James Hunt, a dirigir seus carros. Foi também nessa época que Warr geriu a única equipe brasileira na F1, a Copersucar-Fittipaldi, graças à união no final de 79 entre a Wolf e o time brasileiro.

Em 1981, novamente chamado por Chapman, Peter Warr voltou para a Lotus com a difícil tarefa de gerenciar 2 pilotos jovens, Elio de Angelis e Nigel Mansell. Com o 1º não teve tanto trabalho, já que desandou a ganhar seu primeiro GP rapidamente, já com Mansell tudo foi mais difícil. Principalmente após a morte de Chapman em 1982 a situação ficava difícil. Mas foi após o GP de Mônaco de 1984 que a situação ficou insustentável, quando Mansell bateu sozinho enquanto liderava muito à frente de Prost.

E não é preciso ir muito longe na classificação daquele GP para saber quem iria substituí-lo no ano posterior na Lotus número 12. Um tal de Ayrton Senna, que você poderá ver no vídeo abaixo no momento da assinatura do contrato do time que o colocou no mundo dos vencedores da F1. Foi sob o comando de Warr que Ayrton deixou de ser promessa vencendo seus primeiros 6 GPs de 41 no total. Foi lá também que Piquet correu em 88 e sofreu com o motor Judd em 89, não conseguindo se classificar pela primeira e única vez na vida para um GP, na Bélgica.

Após 89, Warr se distanciou da F1. Nesse ano, foi visto no Bahrein durante a comemoração de 60 anos da categoria. Porém ontem, 4 de Outubro, veio a falecer com uma parada cardíaca. Nada mais justo que destinar e dedicar esse post ao inglês que ajudou, porque não, a difundir de certa forma a F1 no Brasil, já que trabalhou com nossos 3 campeões mundiais e com nossa única equipe nacional (Vide meu cabeçalho!).

R.I.P.



domingo, 3 de outubro de 2010

Para gostar de Rush (Vol.1)




Rush, banda clássica, porém as vezes mal interpretada e subestimada pelo rótulo, errôneo diga-se, de progressiva. Meu argumento é o seguinte: Se Pink Floyd é progressivo não há o que chamar de progressivo no som do Rush, a não ser que você seja um cara chato que gosta de etiquetar bandas. Enfim, primeiro som da coletânia do blog é Subdivisions do disco Signals de 1982. Disco que pode ser considerado divisor de águas dos canadenses quanto ao uso de teclado, que ali deixa de ser apenas mero acessório tornando de fato parte integrante do som da banda. O fim dessa música não me deixa mentir, dos mais belos momentos musicais que conheço.

O novo velho campeão

E tudo foi numa noite de sábado. Will Power foi do céu ao inferno em uma única noite, depois de um ano perfeito. Dario Franchitti viu tudo dando certo na hora certa, compilando para uma decisão de título a altura da grande temporada que tivemos em 2010.

Verdade que num consenso quase universal chegaríamos à conclusão de que Will Power seria mais merecedor do troféu, mas errar e ser apático em momentos decisivos dá nisso. Embora não ache que tenhamos visto uma injustiça do esporte, acho que vimos uma injustiça com o australiano que se revelou um piloto muito mais combativo e vistoso durante o ano todo.

Tal como a Espanha na copa, Dario foi pragmático, não foi arrojado e agora é tri campeão. Tem hora que ser assim não dá resultado, mas tem hora que é essencial manter essa postura, e o escocês soube (e sabe não de hoje) dosar essas qualidades como poucos, tri campeão e bi das 500 milhas de Indianápolis que é. A grande verdade é que dosar essas coisas na Indy, mais que em outras categorias, é fundamental, e como vimos em 2009 e em 2010 com o escocês, dá título.

No mais foi uma temporada divertida. Opinião minha a melhor desde 2001 ainda na CART. Parece que a Indy finalmente encontrou um caminho qual poderá seguir para tentar chegar novamente ao status alcançado no começo da década de 90. Uma boa notícia para uma temporada que promete mais ainda para o ano que vem.

Desafiando o gigante


8 anos atrás a temporada de 2002 da MotoGP entrava em sua fase final. Valentino Rossi já era campeão com sobras ante a uma concorrência que se não fora considerada tão boa quanto, podia ser considerada fraca, dado poderio das novas motos de 4-tempos, que àquela altura faziam, principalmente entre Biaggi e Rossi, um campeonato à parte do resto, que ainda usava equipamento de 500cc.

Faltando 4 provas para o fim da temporada Rossi conseguia sagrar se campeão, graças a sua grande exibição na chuva no circuito de Jacarepaguá (snif...). A prova seguinte seria em Motegi, e para ela, como já havia sagrando-se campeã, a Honda disponibilizou para suas equipes satélites de melhor potencial a tão cobiçada RC211V 4-tempos. O japonês Daijiro Kato ficou com uma e a outra ficaria com um dos 2 pilotos da equipe Pons, o italiano Loris Capirossi ou o brasileiro Alexandre Barros. E deu Alex.

Na corrida Daijiro fez a pole, mas o grande duelo da prova, e daquele mini-mundial de 4 provas que começava dali em diante, seria entre Valentino Rossi e Alexandre Barros, agora com equipamentos iguais. Daijiro partira mal sendo logo superado por Rossi e Alexandre. Porém a disputa apenas começava ali. Kato sairia da prova prematuramente, deixando a luta entre o brasileiro e o italiano, e Barros ao final se desgarraria de Rossi após um erro do italiano a 4 voltas do fim conseguindo ali sua 1ª vitória no ano.

Na Malásia Barros fez a pole, e numa disputa que se estendeu durante todas as 24 voltas da corrida com Rossi, Biaggi e Ukawa, companheiro de Rossi, acabou ficando em 3º deixando a vitória para Biaggi com sua Yamaha e o 2º posto para Rossi. Na Austrália talvez o duelo mais dramático. Barros e Rossi em poucas voltas escalariam o pelotão e dividiriam até a última volta o primeiro posto, até que Alex numa última tentativa de passar o italiano errou o ponto de freada da curva 4 do circuito de Phillip Island, deixando o caminho livre para a vitória de Valentino.

Na última em Valência outro duelo dramático entre os 2, porém dessa vez com Alex levando a melhor vencendo sua segunda corrida no ano e cravando sua melhor temporada na carreira. Mas mais do que isso, ele ganhou de Valentino Rossi, que havia sido imbatível o ano todo, o mini-mundial de 4 provas por 1 ponto, 86 contra 85.

Barros iria para Yamaha de fábrica no lugar de Biaggi em 2003, porém uma moto nervosa e difícil de guiar daria um rumo nebuloso a seu mundial subseqüente, e porque não dizer, até seu fim na MotoGP. Um ano cheio de problemas e muitas contusões.

O que fica na ponta da língua a indagar vendo isso ao fim de tudo é: Será que com a mesma moto desde começo do ano Alexandre conseguiria disputar o campeonato com Rossi no fim das contas? Infelizmente jamais saberemos.