domingo, 11 de setembro de 2011

Merecidamente, e com o pé nas costas


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Vettel ganhou, ponto. Não vou falar mais do que isso – até porque não preciso, já que sua corrida não teve grandes transtornos, fora ser ultrapassado por Alonso na largada e repassá-lo (facilmente, diga-se) após a saída do Safety Car. A partir dali, não largou mais o osso do primeiro lugar até o fim das 53 voltas, ponto.

Button – depois de largada desastrosa, de sorte no toque de Webber em Massa e muito sangue frio nos ataques a Hamilton, Schumacher e Alonso (tudo na pista, hein) – foi segundo colocado merecidamente. Aplausos para o inglês que vive sem sombra de dúvidas o melhor momento da carreira. Com este, sete pódios em 13 corridas no ano.

Alonso, sólido como de costume, em terceiro. Fez grande largada, pulando de quarto para primeiro, mas sofreu com a falta de performance da Ferrari. É segundo no campeonato agora, mesmo com todos os problemas da equipe italiana no ano. Fernando é fora de série, não é nenhum segredo. Felipe Massa não teve o que fazer. O toque de Webber estragou sua prova inteira. Até se recuperou bem rápido, em seis voltas já tinha se livrado dos carros médios e era o sexto. Mas a distância era muito grande, acabou não tendo escolha a não ser administrar a sexta colocação.

Schumacher e Hamilton protagonizaram a grande disputa do dia. Schummy, quase sem asa, passou facilmente Hamilton na relargada. Ali nascia o maior duelo da prova. Hamilton, mais rápido nas curvas, chegava em Michael; mas era despachado nas retas, pela regulagem aerodinâmica da Mercedes do alemão. Sem usar a asa móvel, Schumacher chegava a ser mais rápido que Lewis - que parecia ter (inclusive, como Massa na Bélgica) uma relação de marchas menor privilegiando os pontos de baixa velocidade e retomadas do circuito. Tudo isso culminou em mais de 20 voltas de emoção garantida aos privilegiados que assistiam à corrida. Simplesmente sensacional.

Webber foi o grande mané do dia. Largou mal; passou Button; bateu em Massa; perdeu o bico; não freou suficientemente para fazer a Parabólica sem o spoiler; foi pra brita e bateu risivelmente nas proteções de pneus. Fim. O que Mark faz neste ano não é nem má imitação de Vettel. O australiano está muito aquém do carro que possui.

Depois de uma largada quase suicida de Vitantonio Liuzzi, a prova fora do G7 (com Schumacher hoje) ficou do avesso. Tanto, que o grande vencedor foi Alguersuari que largou em 18º e andou o dia todo quase entre os lugares pontuáveis. Acabou com os oito pontos do sétimo lugar importantes na disputa interna com Buemi, o 10º. Boas corridas também de Bruno Senna e Di Resta – nono e oitavo. Bruno poderia ter feito mais não tivesse que passar pela brita na primeira curva por causa da batida. De qualquer forma, dois pontos, na segunda corrida com um carro propriamente dito, está muito bom.

Além de Webber, os outros destaques negativos foram as Williams, que deram a impressão de que poderiam fazer boas corridas mas decepcionaram. Maldonado chegou a ser sexto, mas pela falta de desempenho foi só 11º. Quem também entra em crise é a Sauber, que começou o ano tão bem e hoje amargou os dois carros quebrando, além de estar agora um ponto atrás da Force India no campeonato. À parte disso, Kobayashi também anda devendo demais em classificações e em ritmo de corrida.

Com a burrice de Webber, Vettel pode ser campeão já em Cingapura. Hoje Sebastian pareceu emocionado no pódio. Pareceu ter a dimensão exata do que foi esta vitória e do que é sua carreira. Nada como a reta de Monza tomada pelos tiffosi de vermelho para se entender o que é ser um bi-campeão de Formula 1. O mesmo lugar que já coroou tantos gênios no passado (incluso Vettel, em 2008), prestou sua reverência para o mais novo fenômeno do esporte. Merecido.

#Não, quem ganhou não foi o Button. Só cansei de colocar fotos de Red Bull e de Vettel aqui.

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