segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Carros da História: Williams FW14B


Ficha técnica:
Motor: Renault RS3C/RS4 V10 67°
Fornecedor de Combustível: Elf
Óleo: Elf
Câmbio: Williams, 6 Marchas, Semi-automático
Projetista: Patrick Head, Adrian Newey
Freios: Disco de fibra de carbono, pinças AP
Rodas: OZ 13'/ 11,4' frente e 16,4' atrás
Pneus: Goodyear

Vindo de um ano no qual a equipe inglesa por pouco não era campeã de construtores e pilotos mesmo com um começo de temporada ruim, em 1992 o time resolve manter o mesmo carro de 1991, apenas fazendo algumas alterações em relação aos avanços tecnológicos, como por exemplo a suspensão ativa, os freios anti-blocantes e o controle de tração.

A dupla de pilotos é a mesma de 1991, Nigel Mansell no carro do 5 vermelho e Riccardo Patrese no carro 6. Dessa vez exigia-se de Mansell menos trapalhadas como as que se viu em 1991, para ganhar o campeonato, já que o carro havia sido feito, segundo Alain Prost que dirigiu o sucessor do FW14B o FW15C, especialmente para o leão se moldando a seu jeito de pilotar, um jeito mais agressivo que os demais.

O campeonato depois de 12 anos volta a Africa do Sul no reformado circuito de Kyalami para a abertura do mundial 1992. Podemos resumir esse GP com uma única palavra, passeio, a Williams chegou em 1° e 2° com Mansell e Patrese respectivamente e foi timidamente ameaçada por Senna ao longo da prova. Patrese largava em 4° com as McLarens na frente e ainda assim as ultrapassou na largada e não deu mais chances. No México outra dobradinha avasaladora que se repete no Brasil, sempre com Mansell em 1° e Patrese em 2°. Nesse ponto notamos já que o campeonato toma a face de Nigel Mansell da Williams.

Dominio, palavra que traduz a temporada de 1992
Na Espanha outra vitória do inglês mas dessa vez com Patrese abandonando graças a uma rodada seguida de batida na volta 16, nem a pista molhada de Montmeló ajudou Senna e os outros concorrêntes a chegar em Mansell que tinha tudo sob controle. Em San Marino, advinhe só você, outra dobradinha Mansell a frente com Patrese atrás, mais um massacre.

Mansell vence com sobras o GP de Imola
Mônaco seria outro não fosse, a parada não programada de Nigel na volta 70. Mesmo assim vemos o quanto a Williams era superior a McLaren naquelas últimas voltas, Mansell babava atrás de Senna e o mesmo fechava todas as portas em cima do inglês, certamente se não estivesse em Mônaco Ayrton não só seria ultrapassado como chegaria bem atrás do leão.

Veja ai com a narração de Cléber Machado as 3 últimas voltas do épico GP de Mônaco
No Canadá numa tentativa de reação a McLaren faz a pole com Senna e ganha com Berger, Mansell abandona, mas Patrese é 2°. Na França a prova é marcada pelas ordens de equipe que fazem Patrese seder o 1° lugar para Mansell logo após a interrupção da prova, mas o time faz mais uma dobradinha. Na Inglaterra mais uma vez dobradinha com Mansell em 1° e Patrese em 2°.

Na Alemanha outra mostra de poder, os carros da Williams teriam que fazer uma parada de pit fazem e Mansell ainda vence a prova passando por Schumacher e Senna, Patrese tenta mas roda tentando passar Senna. Mansell garante o campeonato na Hungria depois de chegar em 2° e Patrese na pole abandonar. Na Bélgica a grande tática de Schumacher tira outra dobradinha da Williams, Mansell é 2° e Patrese 3°. Mesmo assim a Williams se sagra campeã de construtores nessa prova.

Na Itália mais uma mostra de poder, porém os dois quebram depois da metade da prova e a 1° vitória de Patrese no ano iria ter que esperar. Em Portugal dominio de Mansell em 1°, mas o assunto da corrida foi a forte batida de Patrese em Berger na volta 43. No Japão finalmente Patrese ganha sua corrida a 10° da Williams em 1992, Mansell abandona. Na Austrália Nigel é tirado da prova por Senna num acidente e Patrese abandona com problemas no motor, deixando assim a vitória da última prova para Berger.

Veja o desempenho do carro ao longo do ano:
Africa do Sul: 16 pts - 16 pts
México: 16 pts - 32 pts
Brasil: 16 pts - 48 pts
Espanha: 10 pts - 58 pts
San Marino: 16 pts - 74 pts
Mônaco: 10 pts - 84 pts
Canadá: 0 - 84 pts
França: 16 pts - 100 pts
Inglaterra: 16 pts - 116 pts
Alemanha: 10 pts - 126 pts
Hungria: 6 pts - 134 pts
Bélgica: 10 pts - 144 pts
Itália: 0 - 144 pts
Portugal: 10 pts - 154 pts
Japão: 10 pts - 164 pts
Austrália: 0 - 164 pts

Mansell acaba o ano como campeão com 108 pontos (recorde na época) e Patrese em 2° com 56 pontos. A Williams é campeã com sobras nos contrutores com 164 pontos.

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