sexta-feira, 3 de julho de 2009

Head Ache: As opiniões do asno [4]


Ontem estava eu aqui em casa a fazer nada. Alguém poderá pensar, "Ó você estava querendo sair?" não, ficar em casa era de longe minha opção mais interessante. Mexendo na Internet, mais precisamente no orkut, encontrei um colírio para qualquer F1 maníaco como eu: 2 das corridas que eu sempre quis ver e ainda pela globo, o GP do Canadá e o da Bélgica de 1991.

Assim fiquei os dois últimos dias apenas assistindo a essas provas, e que provas diga-se de passagem!

E é tentando reencontrar esse bom momento em sua história que a F1 promove mudanças radicais agora quase que anualmente. Tudo por um melhor espetáculo e por ressuscitar as já segundo ela, enterradas, ultrapassagens.

Até ai tudo bem, afinal essa temporada de 2009 não está sendo aquela maravilha que nós esperávamos, o poder só trocou de mãos, mas os poderosos continuam muito mais poderosos do que o resto. Que saudade de 2008!!!! A F1 que todos falavam que era sem emoção, sem ultrapassagens. Fato é que no ano passado até aqui já tinhamos tido corridas muito mais emocionantes que hoje.

A proibição do reabastecimento tem lá seus adeptos que acham que isso faria com que os pilotos fossem para cima uns dos outros na pista, porém isso é mais ou menos como o sistema de medalhas proposto pela FIA no início do ano que servia para instigar a competição na pista. Não colou, e não funcionaria.


A F1 já não é mais como em 1991, não temos mais a variável das quebras, nem dos erros seguidos de saídas de pista, já que hoje não há mais brita e nem grama do lado de fora dos circuitos. Hoje também não há como pilotos errarem marchas. Em suma, a F1 chegou a tal nível de perfeição que se não fossem as paradas de pit algumas corridas seriam muito mais monótonas do que eventualmente já são.



Além do que tirar a chance de quem largou por exemplo em 13 ou 14 lugar de chegar aos pontos, já que teoricamente não teriam carros e nem ritmo de corrida para chegar e ultrapassar os pilotos mais a frente, seria ruim esportivamente ao final de uma temporada por exemplo. Assim quem largasse atrás com um carro médio por um problema qualquer em um treino poderia dar o fim de semana como terminado.



Outra medida que me parece completamente sem fundamento é a redução da largura dos pneus dianteiros juntamente a proibição do cobertor térmico. A primeira porque não consigo enxergar como isso pode ajudar a promover o aumento das ultrapassagens, já que seria tirada a aderência dianteira dos carros fazendo com que além da já conhecida pressão aerodinâmica que já se perde quando chega-se perto do carro da frente com carros perdessem mais estabilidade.

E a segunda pois não tem qualquer fundamento. Na verdade a pergunta para isso é, pra quê? Pra fazer quem sair do box de bobo na pista?

Olhando tudo isso é evidente que os dirigentes querem evoluir regredindo. Mas será esse o caminho correto? será que não será um tiro pela culatra? As coisas seguem um ciclo natural de evolução e talvez o caminho pelo qual a FIA deseja não seja esse. E isso tem grandes chances de dar errado.

2 comentários:

Felipão disse...

heheheeh com essa violência, as vezes ficar em casa é a melhor opção mesmo. Eu lembro dessas provas citadas por vc... E fico muito nostálgico em relembrá-las através de seu post. Que a F1 volte aos seus períodos áureos, pq do jeito que tá não dá...

Ron Groo disse...

"A proibição do reabastecimento tem lá seus adeptos que acham que isso faria com que os pilotos fossem para cima uns dos outros na pista, porém isso é mais ou menos como o sistema de medalhas proposto pela FIA no início do ano que servia para instigar a competição na pista. Não colou, e não funcionaria."

São coisas diferentes em sua igualdade Gabriel.
O reabastecimento não faz parte do automobilismo, é um factoide para tentar dar emoção e com isto tirou das pistas a briga por posição para leva-las aos boxes e suas estratégias.
Lembre-se que nos anos 70 não se reabastecia. Os carros eram pensados para levar gasolina até o fim da corrida.
Era mais perigoso, claro, principalmente a largada com aquelas banheiras cheias de combustivel todas perto umas das outras. Mas era um risco inerente ao esporte.
Espero que seja realmente banido e que não volte. E que um dia acabem com a besteira de dois ou três tipos de pneus obrigatorios.

Que as corridas voltem a ser vencidas pelos mais rapidos e não por quem parar menos ou mais...