terça-feira, 13 de setembro de 2011

OFF: 10 anos


“Por quê?” Foi o que me indaguei há 10 anos, quando cheguei em casa e vi o WTC pegando fogo e caindo. Não dá pra pensar num argumento plausível pra uma tragédia dessas. O que leva alguém, por mais que não seja simpatizante da causa do “American way of life”, a jogar um avião num prédio cheio de vidas que nada têm a ver com o seu fundamentalismo religioso pessoal? O direito de reivindicar, seja lá o que ou a quem for, não pode passar por cima da liberdade e da vida de outra pessoa, que dirão 3.000.

Aí você pára e pensa: Aquilo não foi mais do que uma amostra egoísta de poderio de destruição. Aí se pergunta: A troco de quê? Mostrar que os EUA não são tão fortes e tão maiorais quanto vemos nas salas de cinema? Que o jeito ocidental de viver é pecaminoso e carnal? Ora, seja lá que Deus, santo ou ideologia (ou vaidade, porque não) disse ou deu a entender que jogar aviões contra edifícios seria uma forma de propagar a salvação, mas não pode pregar algo bom ou zelar pela paz, nunca.

Logicamente não se pode subjugar o islamismo. Confesso minha ignorância no assunto. Sei pouquíssimas coisas – a maioria aprendida, inclusive, na comoção midiática pós-atentados. Existem pessoas que seguem o alcorão sem invadir e obstruir o espaço de outra sem a mesma crença; o seguem, pois acreditam que aquilo as completa. Perfeito. Não tenho preconceito algum com ninguém e respeito muito as minorias que sabem o seu espaço.

O ponto é que o efeito dos atentados não foram só de encontro ao “inimigo infiel” ocidental; eles também prejudicaram em muito a imagem do próprio árabe ao redor do mundo - quase um tiro no pé daqueles idealistas. Até hoje, quando se encontra um deles seja lá onde for, mesmo alguém desprovido de preconceitos não o olha “de bate e pronto” sem unir sua figura aos monstros do World Trade Center.

Depois de uma década, dá pra dizer que tudo isso fez o mundo ficar um lugar ainda mais frio, impessoal e desconfiado. Parece besteira de jardim da infância, mas é plantando o mal que se colhe o mal. Bin Laden pagou por aquilo que cometeu ainda em vida, e não posso dizer que injustamente.

3 comentários:

Marcos Antonio disse...

todo o tipo fanatismo é burro e por mais que os EUA sejam um país FDP( e são mesmo) acho que pegar com a vida de inocentes foi um golpe forte demais. E o mundo realmente ficou paranoico demais pro meu gosto...

Ron Groo disse...

O foda, é que tantas mortes - dos dois lados, porque após o atentado houve as guerras - não serviram pra nada.
Ainda há um monte de imbecis, dos dois lados.

Ratti disse...

Belo texto.