sábado, 15 de outubro de 2011

Tudo estranho


Com frieza e passividade. Foi assim que Lewis Hamilton viu sua primeira pole position no ano, no GP 700 da história da McLaren. Pela primeira vez em 2011, um piloto conseguiu bater os dois Red Bulls num treino classificatório, e viu isso com um ar de desdém incomum até para alguém que por ventura tenha errado em sua volta rápida. Algo acontece com Hamilton, não é aquele piloto que vimos feliz e extasiado por suas conquistas notáveis em 2007 e 2008. Essa foi a 19ª pole de Lewis na F1, de longe, na minha opinião, a mais brilhante, já que foi o primeiro a bater um carro até então imbatível.

Os Red Bulls mostraram hoje uma tática muito diferente da qual estamos acostumados a ver em classificações. Usaram o composto mais macio disponível nas três fases do treino classificatório. Algo estranhíssimo, quando lembramos que é ele o tipo de borracha mais rápido e que poderá fazer (muita) falta durante as 55 voltas da prova. Uma aposta consideravelmente arriscada do time austríaco; a ver se dará certo - com certeza jogará mais tempero na prova. Vettel será o segundo e Webber o quarto; Button o terceiro, completando o Top 4.

Massa nas últimas seis provas desbancou Alonso em quatro oportunidades em treinos classificatórios. Parece ter encontrado o máximo do carro na volta lançada. No que Felipe precisa se ater agora é em manter esse bom ritmo durante a corrida toda, sua grande deficiência em 2011. Tem outra boa chance agora, sairá em quinto com Alonso em sexto.

Boa classificação de Petrov e das Force Indias, de novo. Mais pontos são esperados para que o time indiano chegue à sua primeira corrida em casa em alta. Algo que não será muito difícil de acontecer. Di Resta e Sutil têm sido as melhores surpresas desta metade final de mundial. Nono para o escocês e décimo para o alemão, graças a uma volta aberta por Di Resta.

De negativo: o rendimento da Sauber, a surpreendente classificação ruim de Bruno Senna e outro fracasso da Williams. Barrichello deveria olhar esta 18º posição e eliminação no Q1 como algo a ser refletido. Será que vale a pena lutar por isso? Como já disse aqui, Rubinho não merece ter sua carreira encerrada dessa maneira contra vontade própria. Infelizmente ele não pensa assim... vejamos o desfecho disso.

O circuito de Yeongam é bem técnico. Veremos se ele será capaz de proporcionar uma corrida boa como foi a do ano passado. Ao que parece, tem bons pontos de ultrapassagem, e, apesar de ter vastas áreas de escape em alguns pontos, não perdoa erros em outros. Enfim, essa corrida – melhor dizendo, esse amistoso - até que promete.

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