domingo, 9 de outubro de 2011

Uma corrida normal


O GP do Japão foi abaixo do que se esperava? Foi sim. Suzuka, desde 2009, dá a nítida impressão de ser um circuito “ultrapassado” para o padrão ultra-aerodinâmico da F1 atual, no qual pistas para terem corridas disputadas precisam de um ponto de ultrapassagem claríssimo. Traduzindo para o português: curva de média, reta grande e freada brusca. Suzuka não tem isso. De qualquer forma, não deixa de ser um templo mítico do automobilismo, e um lugar sempre visto com bons olhos pelo amante das corridas.

Button talvez tenha feito a corrida mais consistente da carreira. Sua primeira vitória na McLaren com sol a pino foi dosada de paciência e grande talento. Paciência, por ter perdido a chance de pular na frente na largada por levar uma fechada de Vettel e, por conseqüência, uma ultrapassagem de Hamilton. Talento, porque viu Lewis e Sebastian terem problemas de pneu após os dois primeiros stints, enquanto ele os poupava à perfeição. Mereceu a vitória, todos os elogios e a fase que vive.

Jenson torna-se assim, o maior favorito ao vice mundial, já que Webber só tem carro, Alonso não tem carro e Hamilton anda tendo panes cerebrais enquanto dirige. Sob esta leitura, Button é o homem.

Boa corrida de Alonso, que soube poupar pneus muito bem também (2º); relativamente boa a de Webber(4º); ruim a de Hamilton (5º, o que acontece com este ser?) e péssima a de Felipe Massa (7º). Esse foi o G7 (já que Schumacher foi o sexto), animado que foi por mais um encontrão de Massa e Hamilton, que ocasionou um Safety Car por detritos do carro de Felipe. Uma americanização desnecessária feita pela FIA, no meu ver.

Excelentes corridas de Schumacher - que merece um pódio até o fim do ano, Rosberg – de 23º para décimo, e Sergio Perez, oitavo. Perez brilhou no Japão; saiu em 17º, fez duas paradas apenas, e virando tempos ótimos durante os stints, chegou num merecido oitavo lugar. Quase levou sua primeira volta mais rápida de corrida, mas Button lhe roubou a duas voltas do fim, quando respondia ao ataque de Fernando Alonso.

Corrida ruim de Kobayashi e Bruno Senna. Só perderam posições desde o momento que largaram. Muito azar de Buemi, que vinha numa ótima estratégia e ótima performance, até ter a corrida estragada por um pneu dianteiro direito mal colocado. Pontuaria certamente o suíço.

Não foi uma corrida lá memorável. Não foi ruim. O termo é: morna. Nem quente, nem gelada; um meio termo. Semana que vem tem Coréia, uma pista que passará por uma prova de fogo, já que a corrida do ano passado foi épica... mas foi com chuva. Vamos ver - se não chover, óbvio – se o tilkódromo de Yeongam merece a F1. Torço pra que sim.

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