quarta-feira, 11 de maio de 2011

Set the World on Fire - Annihilator


Podem encontrar muitos defeitos no Annihilator. O principal (nisso excluo ter concebido aquela porcaria chamada “All for You” em 2004) é não ter um vocalista fixo. No disco Set the World on Fire de 1993 a banda estava simplesmente no quinto vocalista... em pleno terceiro álbum! O grande trunfo da banda canadense sempre foi pertencer a Jeff Waters, que além de único membro fixo do conjunto, sempre foi dono de uma habilidade de composição fora do normal.

Depois do “Alice in Hell” de 1989, dono de um thrash metal visceral; e do “Never, Neverland” de 1990, disco mais cabeça, mas não menos fantástico, chega Set The World on Fire.

Disco em que o estilo da banda se consolida definitivamente. Dentre temas melódicos e riffs pesados, ritmo frenético e vocal ameno. Uso como plano de fundo a esses adjetivos a primeira música e faixa título. Riff simples e cru, base forte. Outra nesse estilo é a oitava, The Edge. Sonzaço fora da malevolência esteriotipada do Heavy Metal, tanto no som quanto na letra, que inclusive, pessoalmente, levo como lição de vida... mas não vou me alongar, porque isso é papo pra buteco.

Há também as baladinhas. Vamos pra faixa 5. Phoenix Rising. Opinião do cara te escreve este texto, esse som pega fácil lugar entre as três melhores baladas de Metal em todos os tempos. Poucas músicas traduzem tão bem sentimentos, força, melodia e ideologia quanto essa. Essa é uma entre outras poucas músicas que ouvi que gostaria de ter composto, dado nível de genialidade da bagaça. Obra de arte, linda de mais. Tem também Sounds Good to Me, bonita também, mas que perto de Phoenix Rising parece o mais poluído dos funks cariocas (Vish, pesei na mão... sorry).

Quando passamos para os climas diferenciados no CD não há como não citar a bela e pesadíssima Bats in the Belfry. Destaque para o riff do refrão. Há também Brain Dance, música que chega a lembrar Mr. Bungle de tão estranha. Vocais agudos, barulhentos lembrando os de um débil mental, com um instrumental que lembra aqueles medonhos filmes de terror “B” dos anos 80. De modo peculiar, consegue ser engraçado e bom. Ainda nesses climas musicais curiosos a faixa quatro, Snake in the Grass. Porém neste caso, algo mais usual do que Brain Dance, digamos.

Ainda, para liquidarmos o disco, No Zone e Knight Jumps Queen, 27 toneladas cada uma, e Don’t Bother Me, patinho feio (todo CD por melhor que seja tem, némerrmu?).

A junção de uma balada perfeita com o resto de um álbum pesado e muito bem elaborado dá a química interessante que tem o Annihilator durante, sobretudo, os anos 90. Um estilo único, que pela singularidade é bem interessante. Experimente!

1.Set the World on Fire

2. No Zone

3. Bats in the Belfry

4. Snake in the Grass

5. Phoenix Rising

6. Knight Jumps Queen

7. Sounds Good to Me

8. The Edge

9. Don't Bother Me

10. Brain Dance

Download

Um comentário:

Ron Groo disse...

Este eu não conheço, to baixando só pra ver como é.