Fazia tempo. Dois meses que uma Red Bull (generalizei, mas é Vettel) não ganhava um GP de Formula 1. Que não conseguiam converter suas pole positions
Basta ir ver o que dizem as estatísticas: Nos últimos 28 anos (época na qual a prova voltou a ser em Spa, exceção feita a 1984), apenas David Coulthard e Felipe Massa foram os vencedores da corrida belga que não possuem pelo menos um título mundial. Ganhar na Bélgica é sinal claro de grandeza e de diferenciação ante ao resto.
Webber - muito mais pelo carro do que pela performance, diga-se – foi o segundo; Button numa excepcional corrida de recuperação depois de largar com os pneus médios e ter o bico avariado na largada, o terceiro. O inglês não fez diferente do que costuma fazer. É comedido nos ataques, porém mortal. Para ilustrar, lembremos que Button fez pelo menos sete ou oito (chutando) ultrapassagens na pista depois que colocou pneus macios.
Alonso assustou no início. Vertiginosamente, foi de oitavo para segundo em poucas voltas. Chegou à liderança depois que Vettel fez sua primeira parada. Pareceu que Fernando havia optado no sábado para um acerto exclusivo de piso seco, e aí, ter dado sua grande cartada. Mas ficou na impressão. Logo após o Safety Car, Alonso não foi mais o mesmo, ultrapassado que foi na pista pelos pilotos que foram ao pódio.
Grandiosa corrida de Schumacher, lembrando os bons tempos – saindo de último para quinto -, e ótima prova, largada e atuação de Nico Rosberg – de longe o piloto mais difícil de passar hoje
Quanto aos destaques negativos, quase todos são nativos do Brasil. Felipe Massa fez de longe a pior prova do ano, muito distante do ritmo de Alonso. Errou em vários momentos e ainda teve um furo de pneu na penúltima de suas paradas. Voltou ao Box e ainda arranjou um oitavo lugar na última volta. O brilho de Bruno Senna ficou no sábado; tudo acabou na primeira curva, quando usou Alguersuari de escudo em um erro na freada. Tirou Jaime de sua corrida mais promissora no ano e nunca mais teve o mesmo ritmo durante as 44 voltas.
Com a única batida durante a prova (fora as da primeira curva) sendo a de Hamilton com Kobayashi, a corrida teve muitas alternâncias sem depender de “desgraças” deste nível. Esta é Spa-Francorchamps, que demonstrou mais uma vez como circuitos à moda antiga fazem renascer as emoções brutas do automobilismo. Várias ultrapassagens, disputas em alto nível. Em suma, um grande espetáculo sem precisar do imponderável. Um tipo diferente de corrida boa.
Pra finalizar, é falar o óbvio. O homem que já tinha uma das mãos na taça vai colocando seus dedos da segunda mão, pacientemente, um a um. Para colocar o quinto e levantá-la, é questão de tempo, pouco tempo.
2 comentários:
Foi realmente uma prova muito boa, e não só por quem vencer. Muita gente andou bem demais.
Fora os brazukas, claro...
Ainda bem que não assisto corrida por causa deles.
foi uma corrida boa mesmo e Vettel, dá logo a taça para ele...
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