Já há algum tempo tenho perdido o interesse em acompanhar a Indy. Não sabia o porquê, mas tinha ideia do que poderia ser. As corridas andavam artificiais demais. Hoje em dia, o piloto não mais precisa mostrar seu talento pra chegar à categoria, basta ter um patrocínio que lhe pague as bobagens. Vide Milka Duno, Marty Roth, James Jakes e etc. Isto acaba fazendo com que pilotos como Tony Kanaan e Dan Wheldon fiquem ameaçados de não correr ou não a corram por completo a temporada, respectivamente.
Apesar disso, neste domingo, bolei outra teoria para minha falta de vontade em acompanhar a categoria. Não tenho Band Sports, por isso dependo da caridade do canal matriz para assistir às provas que começam depois das quatro horas da tarde aos domingos. Neste último, a programação da TV a cabo dizia que a corrida passaria após o futebol. Esperei... e nada. Depois de uma hora e meia (já tirava um cochilo, com o volume da TV baixo), comecei a ver imagens da corrida. Na verdade, um monte de acidentes.
Não entendi lhufas. Aumentei o volume, e vi a relargada polêmica. Entendi menos ainda quando vi Will Power sair do carro como se tivessem xingado sua mãe. Desse modo, fui instigado por mim mesmo a baixar a prova para assisti-la. Na hora, pensei ter sido boa. E, na verdade, foi muito boa mesmo.
A conclusão que cheguei depois de ver a transmissão da ABC é onde quero chegar. Assisti pela primeira vez em muito tempo uma corrida de Indy totalmente inteirado do que estava acontecendo na pista, e com gente especializada que sabe do que fala. Isso não é uma crítica nem ao Téo José, nem ao Felipe Giaffone – que, na minha opinião, comentam bem. O problema é como a Band enxerga a Indy. A subjuga como se fosse uma máquina de dinheiro, que ano a fora só a interessa nas datas da SP Indy 300 e das
Além do que, submete os fãs às dolorosas e agonizantes narrações de Luciano do Valle nas provas mais importantes do ano, o que é algo incompreensível quando se tem alguém como Téo José na emissora.
Ou seja, se apenas gostasse e não “gostasse, gostasse” de automobilismo, teria continuado sem entender nada da corrida
Até mesmo o Band Sports, que deveria ter o horário um pouco mais folgado para a exibição das provas, dá pouquíssima atenção à categoria. Colocam comentaristas que não sabem nada da Indy (nem falar inglês, por mais incrível que pareça) e apenas puxam o saco dos brasileiros correndo. Além do que, pelas transmissões que acompanhei ultimamente, o canal começa a mostrar a prova bem pouco antes da largada e termina logo após a bandeirada.
Moral: Descobri que o que segura minha falta de interesse na F-Indy ultimamente é a falta de informação que se tem pelo meio que deveríamos tê-las em primeira mão, a Band. Ou melhor, a falta de respeito de alguém que se propõe a te informar bem e faz isso - quando faz - muito mal.
Não sei se vou baixar todas as corridas de agora em diante – eu não sei se vou ter paciência. Mas o fato é que para acompanhar as provas de maneira interessante e correta é o melhor a se fazer. Na Band não dá. Não nego que futebol tenha maior apelo do que a Indy, só acho que quem gosta de Indy - como eu - merece mais do que isso.
Falando nisso, encontrei por esses dias o vídeo abaixo. GP de Laguna Seca 1996. O SBT tinha simplesmente quatro câmeras exclusivas e um helicóptero. É, pessoal... quem viu, viu. Quem não viu, não vê mais. Infelizmente.
Um comentário:
Realmente a Band caga e anda para quem gosta de corridas. E olha que ela tinha uma ótima transmissão até 92. Em 1993/94(se não me engano) a transmissão ficou com a Manchete e 1995 começou a transmissão excelente do SBT. Téo José, Luiz Carlos Azenha e Dedê Gomez eram uma equipe excelente, uma das melhores q já vi em transmitir automobilismo. E juro que quando vejo Téo José narrando futebol, me dá uma tristeza, um talento e tanto desperdiçado...
OBS: Futebol qualquer um narra, automobilismo, não.
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