sábado, 10 de janeiro de 2009

Seventh Son of a Seventh Son (Iron Maiden)

Navegar por novas águas, sem se preocupar com o passado e apostando as fichas no futuro, podemos traduzir a sonoridade desse disco lançado em 1988 com essa frase. O Iron Maiden estava ali como no disco anterior. Harris e a trupe clássica do grupo apostavam na nova vertente da banda vista no grande Somewhere In Time, usar teclados e sintetizadores nas músicas para criar climas frios mas ao mesmo tempo envolventes.

Dessa vez o requinte do álbum fica por conta da inspiração para as letras, a profecia do sétimo filho. Embora o grupo diga até hoje que não escreveu o material propositadamente interligado(inicialmente), todas as músicas contam a história de vida do sétimo filho do sétimo filho, que viria a terra, segundo a profecia, com poderes sobrenaturais com os quais poderia fazer grandes coisas. Sendo assim o Deus e o demônio (bem e mal) disputam a criança para ser uma espécie de soldado na terra. Segue o poema que indroduz e fecha o álbum:

"Seven deadly sins
Seven ways to win
Seven holy paths to hell
And your trip begins

Seven downward slopes
Seven bloodied hopes
Seven are your burning fires
Seven your desires"

Disputa que já notamos na primeira música, Moonchild. Na qual diz-se que 7 demônios e 7 anjos disputam sua alma ainda indefesa e recém-concebida. Musicalmente a música é um colírio para os ouvidos, desde a introdução acústica, passando pelos teclados glaciais de certa forma e chegando nas guitarras rasgadas que colaboram para a mensagem de tensão, temática da faixa que começa muito bem o disco. Ainda sem contar a voz desesperada de Bruce Dickinson, encorporando de certa forma o momento.

Depois temos Infinite Dreams uma das mais belas do álbum. Explorando sons melódicos com algumas pitadas medievais de início, mas distorcendo as guitarras em riffs poderosos no meio do som, para depois voltar ao primeiro tema. Na minha opinião a música de maior criatividade no CD. (Fica aqui meu apelo para que eles toquem essa música na nova turnê, se você não ouviu-a ainda não perca tempo!... e junte-se a mim!)

Depois o primeiro hit, Can I Play With Madness. Música na qual a harmonia vocal tem grande presença, mas o instrumental não faz feio com os riffs e solos criados por Adrian Smith, que por sinal estava em seu último disco no Iron Maiden antes de sair (para voltar só em 1999). O quarto som é The Evil That Men Do. Opinião minha, a menos inspirada do disco. Mesmo sendo hit não há o que destacar na música, também é bela porém não acresenta muita coisa ao álbum.

Após temos a faixa título, Seventh Son of a Seventh Son. A mais bela introdução do álbum, seguida de uma letra aparentemente longa. Talvez essa seja o música mais obscura do disco (chegando a até lembrar trilhas sonoras de filmes de terror). A parte instrumental ajuda a manter o clima tenso e frio do CD, que em sua capa registra isso.

Depois tem The Profecy, que além de ser inspiradíssima musicalmente (destacando o belo final nos violões), conta em sua letra o momento em que o sétimo filho se deu conta de que não era normal e começou a sofrer pressões de todos, assim infeliz chama seu dom de maldição.

A grande The Clairvoyant é a 7° música. As guitarras de Dave Murray e Adrian Smith são atrações a parte. Posso dizer com toda a certeza que essa música está entre os momentos mais belos da guitarra em todos os tempos. Sem nenhum exibicionismo de nenhuma parte os dois contribuem de forma excelênte para a música. Destaco também a linha de baixo que é uma das melhores do Maiden.

Por fim temos Only the Good Die Young, som no qual o sétimo filho resolve se matar para seu bem e o de todos que o rodiavam, mesmo sabendo que se cometesse suicídio iria para o purgatório. Porém ele havia escolhido o lado do bem e estaria disposto a morrer por essa causa para o demônio não o usar na terra, como bem diz o refrão: "Only the Good Die Young, all the evil seems to live forever"( apenas o bom morre jovem e todo mal parece viver para sempre). A única coisa que pode se destacar músicalmente desse som são os solos de guitarra, certamente os melhores do álbum. O disco acaba com a introdução de Moonchild, porém sem a parte falando que sua viajem começa pois, é claro, chegamos ao fim do CD.

Podemos dividir o Iron Maiden em duas fases antes da saida de Bruce Dickinson em 1993, uma anterior e pós o disco ao vivo "Live After Death". 7th son pode ser dito sem dúvidas como o melhor CD da fase pós, constata-se isso ouvindo os outros discos. São ruins? CLARO QUE NÃO!!!, porém não têm o mesmo sentimento, energia e clima desse, pois nessas 8 faixas esse CD diz tudo o que o Iron Maiden foi em seus anos dourados com Steve Harris, Bruce Dickinson, Adrian Smith, Dave Murray e Nicko McBrain... majestoso!

Set List:
1. Moonchild
2. Infinite Dreams
3. Can I Play With Madness
4. The Evil That Men Do
5. Seventh Son of a Sevnth Son
6. The Profecy
7. The Clairvoyant
8. Only the Good Die Young

2 comentários:

Leandrus disse...

Boa resenha! Mas te digo que meu album favorito do Maiden é o Somewhere in Time, que ainda conta com a minha musica favorita deles, "Alexander the Great".

Eu gosto do Seventh Son, mas tem algumas músicas nesse cd que não curto tanto, como a The Clairvoyant (é, eu tenho que discordar de vc nessa parte, mas eu sou minoria, rs). E pra mim Only the Good Die Young está na lista de músicas sensacionais que o Iron faz para fechar seus albuns; pena que ela não é tão conhecida.

Ateh!

speed.king.thrasher disse...

Eu tbm curto o Somewhere(veja os 15 discos para escutar!), acho um baita disco tbm.

Ah cara... ñ acredito q vc ñ gosta de The Clairvoyant hasuhuhsUHASuhas... a ADOORO ela shauhauahsahs... mas gosto é gosto, afinal eu sou eu você é você, mas q eu ñ m conformo isso é fato!!