sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Rage Against the Machine (Rage Against the Machine)

Muitas vezes ao se falar em Rage Against the Machine pode vir a cabeça a seguinte pergunta: Qual o estilo musical da banda? alguns críticos chatos rotuleiros de plantão dizem New Metal e alguns vão até mais longe e falam rapcore(?!), mas a verdade vem a tona quando se escuta esse disco lançado em 1992. O RATM trata-se de uma metámorfose musical constante em que se misturam vários estilos diferentes como Rock, Metal, Hip-Hop e Funk, dai a dificuldade de rotulá-los. A banda ainda conta com as letras ácidas de Zack de la Rocha que usava as músicas como palanques para suas revindicações políticas e contra o racismo, que fora sofrido por ele durante sua juventude.
O disco começa com Bombtrack, uma música que já mostra muito da indêntidade particular e pecúliar da banda de Los Angeles, desde sua intro magnífica até o refrão forte cantado a pleno pulmão por Zack de la Rocha.
Após temos a faixa 2, Killing in the Name, talvez o maior sucesso da banda, foi certamente a música que botou o RATM "no mapa". Os riffs inconfundíveis de Tom Morello com sua guitarra afinada em D (ré) e seu solo tirando sons que até então não se via sair de outro lugar a não ser de um Sampler, são reverênciados até hoje pelos que apreciam a obra da banda. Após essa faixa vem Take the Power Back que tem além de letra forte tem também mais uma bela exibição na guitarra feita por Morello, mas dessa vez ao estilo clássico de solar, ele opta por não usar efeitos mirabolantes, o que muitos críticos não pesam na hora de rotular a banda, e esquecem tanto dessa faixa como também da sua sucessora Settle for Nothing, onde não existe qualquer indícil de New Metal. O que há na verdade ai é um novo estilo que foi desenvolvido pela banda, em que temos um instrumental pesado tecnico acompanhado de um vocal Hip-Hop. Settle for Nothing talvez seja o ponto alto do "feeling" de Tom Morello, acompanhado de um riff soturno no baixo o guitarrista deita e rola num belo solo que chega até a lembrar uma pegada mais"blueseira".
Bullet in the Head entra em cena e traz com ela de volta a pegada eletrônica da banda ligada ao Hip-Hop mas sem perder o peso característico. O baixo tem papel importante na música, que varia bastante desde seu começo até o final. Na letra Zack protesta contra a falta de opinião popular e a alienação da humanidade perante a falcatruas políticas. Depois disso temos Know Your Enemy que com certeza merece destaque nesse CD. Morello inova novamente na introdução simulando um tremolo com a alavanca de mudança de capitadores de sua guitarra, além de arrepiar mais uma vez em seu solo.
O CD chega a uma música digamos diferente de tudo o que já se passou, Wake Up é mais uma prova da genialidade da banda, além riffs nevosos e sons inovadores o que entra agora é uma variação muito grande durante a música. Há pelo menos 4 temas diferentes e bem apresentados nesses 6:04. Fistful of Steel, uma música que não há muito o que se destacar, o som é o mesmo que já vinha sendo apresentada, porém essa música na minha opinião acaba sendo a mais apagada do disco.
Township Rebellion, como o próprio nome já diz a temática letra trata do "apartheid" que ainda ocorria na época. Os vocais rasgados fazem dessa música um dos pontos a se destacar no disco, dentro dela há belas variações e um casamento perfeito entre o baixo, guitarra e a bateria principalmente nos 2 primairos versos quando podemos sentir uma forte influencia "funkeira".
Nenhuma música seria melhor do que Freedom para fechar um trabalho como esse. Seu Riff de abertura merece destaque e na minha opinião é o melhor do album. O baixo também não deixa a desejar, Timmy preenche muito bem os espaços da base e junto com a bateria de Wilk protagonizam um belo momento precedendo as explosões de Zack no vocal. O fim coroa o disco com um instrumental pesado e Zack exorcisando seus demônios gritando com toda a força "Freedom!, Yeah right!".
Ao fim do disco você certamente irá concluir que nunca ouviu nada igual, se gostou ou não é outra história, mas certamente esse é um disco inovador de uma banda que soa até hoje diferente de tudo e ainda assim é taxada erradamente e subestimada por algumas pessoas do meio que deveriam dar ao RATM o espaço e o respeito merecido. Vale a pena conferir!
Set List:
1. Bombtrack
2. Killing in the Name
3. Take the Power Back
4. Settle for Nothing
5. Bullet in the Head
6. Know Your Enemy
7. Wake Up
8. Fistful of Steel
9. Township Rebellion
10. Freedom

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