segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A Saga da Williams: Parte 4

Bem, chegamos a 2001, depois de uma temporada ótima a Williams tenta manter e até aumentar o nível começando a lutar por vitórias. Novamente a aposta de Frank é em um campeão da CART, o colombiano Juan Pablo Montoya que se junta a Ralf Schumacher. O ano começa bem, apesar de uma desastrosa 1 etapa. Montoya revela-se no Gp do Brasil quando logo após a saída do Safety Car passa Michael Schumacher no "S" do Senna, Montoya vinha bem na prova, até Jos Verstappen da Arrows tira-lo da prova sem motivo algum no final da reta oposta. A corrida no Brasil premeditou o que viria adiante no futoro da equipe, Ralf Schumacher vence o Gp de Ímola, primeira vitória do time desde 1997 no Gp da Europa. Ralf vence ainda mais duas corridas no ano os Gps do Canadá e da Alemanha, e até com uma sobra para os concorrentes. Montoya conquista também sua primeira vitória em Monza, após um problema na bomba de combustível da Ferrari no Pit de Barrichello. Ralf acaba o ano em 4 e Montoya em 6, Williams fecha o ano em 3.

Montoya: uma aposta que deu certo
Em 2002 a Williams melhora, porém a Ferrari sobra perante aos outros carros. A dupla é a mesma de 2001. Montoya faz uma temporada melhor do que a de seu ano de estréia, briga diretamente com Schumacher em algumas provas, soma 7 Poles se aproveitando do excelente motor de classificação da BMW, mas não vence nenhuma prova em 2002. Ralf vence o Gp da Malásia, mas é ofuscado por Juan Pablo durante todo a o campeonato. Montoya acaba o mundial em 3 e Ralf em 4, Williams é vice-campeã.

Logo na primeira curva da temporada R. Schumacher da um aério por cima de Barrichello
2003 começa com uma preocupação, o FW25, que não se apresenta bem durante os testes de inverno. Mesmo assim no caótico Gp da Austrália, Montoya chega a liderar e poderia vencer não fosse sua rodada no finzinho da prova. A temporada de 2003 se apresenta sendo uma temporada com muitas alternativas, Montoya se apresenta bem vencendo dois Gps o de Mônaco e o da Alemanha, com isso acaba entrando na briga do título ao lado de Raikkonen e Schumacher apesar de inconstante. Porém, o Gp dos Eua é decisivo, e com um Drive Through por tirar Barrichello da prova e uma tática errada na hora da chuva tiram a possibilidade de Juan Pablo lutar pelo título em Suzuka. Ralf por sua vez faz de novo uma temporada discreta, sofre um acidente forte em Monza uma semana antes Gp da Itália que o tira da prova, para seu lugar vem o piloto de testes Marc Gene que chega em 5 na corrida. Apesar disso, Ralf vence duas corridas, em Nurburgring e na França. O alemão acaba o ano em 5 e Montoya em 3 e Gene em 17. A Williams é outra vez vice-Campeã entre os construtores.

Uma rodada tira a vitória de Montoya na Austrália
Vem 2004 e junto com esse ano vem o pesadelo de todos os pilotos, equipes e telespectadores, a Ferrari e Michael Schumacher são imbatíveis. O FW26 vem com uma inovação, o novo bico que apelida o carro de "Batmóvel". com desempenho pífio do começo a metade do mundial a equipe deixa de lado o bico revolucionário e volta usar o mais conservador, da resultado, apesar de ser coadjuvante durante a temporada toda Montoya vence o Gp do Brasil, última prova do ano. Ralf tem uma temporada complicada começa o ano relativamente bem, até que sofre um acidente fortíssimo no Gp dos Eua, fica fora de 6 Gps sendo substítuido primeiramente por nos primeiros 2 Gps por Gene, que não pontua e vai mal, e pelo brasileiro Antonio Pizzonia que soma 6 pontos com três 7 lugares. Ralf volta no Gp da China, mas corta de vez sua possibilidade de renovação com o time por uma provocação explicita diante das câmeras da FOM a equipe após o abandono em Xangai. Montoya fica em 5, Ralf em 9 e Pizzonia em 15 no campeonato de pilotos. Williams chega em 4 pelos construtores.

As asas alá "Batmóvel" não dão certo, e a equipe os aposenta antes do fim do ano
A dupla de pilotos é completamente mudada para o ano de 2005, Ralf vai para a Toyota e Montoya vai para a McLaren. No lugar deles vem uma dupla novata, o australiano Mark Webber ex-Jaguar e o alemão Nick Heidfeld ex-Jordan. O ano começa bem, a Williams da nos impressão de que progrediu, Heidfeld é 3 na Malásia. A equipe constantemente chega entre os 8 primeiros e rende aos pilotos um pódio em Mônaco, com Webber em 3 e Nick em 2. Nick que por sua vez cosegue sua primeira pole em Nurburgring. Parecia que ia tuda na paz, mas internamente a equipe vinha tendo divergências sérias com a BMW, sua fornecedora de motores desde 2000. Heidfeld sofre um acidente em um teste após o Gp da Turquia, que o tiraria de apenas algumas provas, mas a BMW o impede de correr pelo resto do mundial, o que indica que já estava infeliz com a parceria com a Williams. Para seu lugar vem Pizzonia. Webber tem seu último grande momento da temporada em Suzuka quando quase é 3, mas Alonso o passa faltando 5 voltas para o final e o australiano tem que se contentar com o 4 lugar. Webber finaliza o ano em 10, Heidfeld em 11 e Pizzonia com apenas 2 pontos conquistados em Monza é o 22, Williams é 5 nos construtores.

Fisichella com os pneus gastos tenta defender sua 3 posição de Webber, o resultado é esse
Em 2006 a BMW se manda, e compra a Sauber. A Williams decai muito, assina com os motores Cosworth ex-Ford. O filho do ex-campeão Keke Rosberg, Nico Rosberg vem para o lugar de Pizzonia/Heidfeld, e Webber se mantêm no time. Nico se mostra um piloto bom, após seu 7 lugar no Barhein, sua 3 posição no grid da Malásia e uma ótima corrida em Nurburgring. Webber tem como melhor performance em classificação em Mônaco quando largou em 3, vai bem no Barhein com um 6 lugar e faz o mesmo em San Marino. Após o Gp de Nurburgring a Williams entra em crise não consegue mais pontuar pois tem um carro que não acompanhou desenvolvimento dos outros. Webber ainda volta a pontuar na China com 8 lugar em uma corrida atípica. Por fim os 2 fecham o ano de forma horrorosa no Gp do Brasil, Rosberg arranca a asa traseira de Webber o tirando da prova na primeira volta, e ainda como se não bastasse o alemão bate na subida da reta dos boxes a plenos motores sem a asa diânteira. Webber acaba o ano em 14, Rosberg em 17 e Williams acaba nos construtores com miseráveis 11 pontos que lhes dão a 8 colocação.

Rosberg se mostra um bom piloto, mas o carro não ajuda
Todos esperam uma queda maior da equipe em 2007, ela assina com agora com os motores Toyota o que deixa muita gente torcendo o nariz. Webber sai para a Red Bull e para seu lugar vem o austríaco Alexander Wurz para fazer a dupla com Rosberg. A temporada começa bem, a Williams se mantêm na briga com Renault, Red Bull e deixa para trás sua fornecedora de motores, Toyota. Wurz consegue um insperado 3 lugar no movimentado Gp do Canadá dando vida a sua temporada que vinha muito ruim, ainda consegue um expressivo 4 lugar no Gp da Alemanha, um grande resultado. Contudo Rosberg é mais constante e pontua muito mais vezes que Alexander ao longo do ano, e como melhor resultado soma um belo 4 lugar no Gp do Brasil, última etapa. Kazuki Nakajima entra em cena na última prova do ano com a aposentadoria de Wurz e logo na primeira prova já mostra ter herdado o talento do pai Satoru, atropela 2 mecânicos no seu 2 Pit Stop e acaba a prova fora da zona de pontuação. Nico acaba o ano em 9 e Wurz em 11 e benefíciada pela desclassíficação da McLaren a equipe é a 4 entre os construtores.

Wurz saboreia seu pódio em Montreal
Bem, tudo levava a crer que a Williams iria progredir esse ano, mas está indo ladeira abaixo desde a primeira prova em Melbourne, quando foi bem com Rosberg em 3 e Nakajima em 6. Na minha opinião falta alguem que bote dinheiro no time, como por exemplo um patrocínio forte que foi o que ouvi a pouco tempo atrás, trata-se um acerto para que no ano que vem a empresa Fly Saudia que patrocínava os carros de Frank até 1984 volte. Até aqui (Gp da Hungria) a equipe esta em 7 entre os construtores, tem Rosberg em 13 e Nakajima em 14 ambos com 8 pontos. Acho que a Williams na situação atual não tem muito com o que sonhar, o que pode fazer a seu alcance é defender seu 7 lugar nos construtores da equipe Honda, pois para isso a equipe tem carro. Mesmo assim se eu fosse Frank não me preocuparia tanto com esse ano, se for mesmo verdade do acerto com a Fly Saudia para o ano que vem, concentraria minhas forças no novo projeto para o ano que vem. Digo que se confirmado esse patrocínio podemos esperar uma Williams melhor no ano que vem, pois o que não lhes falta é "Know-How" como vimos aqui.
Nos testes para essa temporade a equipe usou uma pintura em homenagem aos seus 30 anos.
Veja o nome dos pilotos que passaram por lá ai acima...
Long Live Frank!!!
Acabou, espero que você tenha gostado!
Até a proxima viagem pela história F1!

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