Ficha técnica:
Motor: Peugeot A14 72º V10
Fornecedor de Combustível: Total
Óleo: Total
Câmbio: Jordan de 7 marchas, semi-automático
Projetista: Gary Anderson
Freios: Disco de fibra de carbono, pinças Brembo
Rodas: OZ, 13'
Pneus: GoodyearApós um ano mediano em 1996, Eddie Jordan resolveu mudar a cara do time para tentar ficar entre as 4 principais forças da F1 em 1997 e tentar finalmente ganhar sua primeira corrida. Começando pela dupla de pilotos, no lugar de Rubens Barrichello e do veterano Martin Brundle ele chama dois novatos: o alemão estreante Ralf Schumacher, irmão do até então bi-campeão Michael Schumacher, para o bólido de número 11, e o italiano Giancarlo Fisichella ex-Minardi em 1996 para o carro número 12. A Peugeot em sua parceria com o time inglês entra de cabeça no desenvolvimento dos motores, fazendo um dos mais fortes da temporada, o reflexo disso foram as boas apresentações em pistas de alta velocidade. A deficiência do modelo era andar com alta pressão aerodinâmica em algumas pistas de baixa velocidade a exemplo de Jerez, Interlagos e Hungria, pistas onde o time sofreu.
A Jordan a exemplo de 1996 continua amarela e mantêm o patrocínio da empresa de cigarros Benson & Hedges, mas dessa vez a pintura do carro guarda uma surpresa bem original, uma cobra estilizada ao lado do bico do carro, com os dentes desenhados no suporte do "spoiler" e com a língua de fora dos dois lados do veículo. Também originais foram as idéias nas provas européias nas quais eram proibidos os anuncios de marcas de cigarros. No lugar de "B&H" ao lado do carro botavam-se escamas amarelas e pretas e no lugar dos outros anúncios a equipe botou listras pretas e vermelhas no GP da França, escreveu "Bitten & Hisses" (mordidas & "assobios") na Inglaterra e escreveu no GP da Alemanha o nome dos pilotos de forma estilizada, "Fissssi" para Fisichella e "Schueeeey" para Ralf.
Veja ai a cobra
O ano é excelênte para o time, o melhor até aquele momento. Embora tenha começado mal com duas apresentações pífias tanto em Melbourne quanto no Brasil, já no GP da Argentina Ralf consegue o primeiro pódio do time no ano. Corrida que também ficara marcada pela briga interna de Fisichella com o alemão após uma precipitação de "Schumacherzinho" na tentativa de passar o italiano na volta 24, o que resultou em um toque e causou o abandono de Fisico.
Fisichella viria a marcar seus primeiros pontos no ano e na carreira uma corrida depois em Ímola com um bom 4 lugar. O ano seria para ele de bom grado, depois de marcar mais um ponto em Mônaco o italiano registrou a volta mais rápida da prova no GP da Espanha e no Canadá conquistou seu primeiro pódio na carreira com um 3 lugar.
Ralf por outro lado ganha má fama, além de já não ter se mostrado ser das pessoas mais simpáticas a frenquentar o paddock, também se mostra um piloto agressivo demais, provocando muitos acidentes. Os principais, além do que citei envolvendo Fisichella na Argentina, foram no Canadá, onde bateu forte, na Bélgica, onde bate levando o carro para o grid e depois na prova, em Monza, onde jogou deliberadamente Herbert fora da pista no final da grande reta beirando os 340Km/h e em Nurburgring na largada, onde tirou o companheiro Fisichella novamente, mas dessa vez juntamente a ninguém mais ninguém menos que o irmão Michael, batida que tirou pontos preciosos e que fizeram-lhe muita falta mais tarde naquele ano.
Ralf joga Herbert fora da pista na Itália
Já Fisichella foi a grande sensação da temporada. Após o pódio no Canadá Giancarlo impressionou em Hockenheim quando se qualificou em 2, segurou a Ferrari de Schumacher durante boa parte da prova e chegou a até assumir a liderança durante a parada de Berger. Porém há 6 voltas do fim seu pneu traseiro esquerdo estourou na entrada do estádio o que danificou a carenagem do carro e a suspensão, após isso o italiano foi ao box, mas sentindo o carro danificado parou logo mais a frente antes da primeira chicane.
Fisichella se torna a grande revelação do ano na Alemanha
A Bélgica foi outra grande corrida de Fisichella, largou de 4 e seguindo o exemplo de Schumacher passou por Alesi e se aproveitou da parada de Villeneuve para assumir o 2 lugar para não largar mais, conquistando assim o melhor resultado da Jordan em 1997.
Depois disso Fisichella consegue um 4 lugar na Itália e o time 5 pontos na Austría com outro 4 de Giancarlo e um 5 de Ralf Schumacher, esses são os últimos pontos da equipe no ano já que nas 3 provas que restavam, Luxemburgo, Suzuka e Jerez a Jordan não conseguiu boas performances a exceção de Nurburgring.
Veja o desempenho da equipe ao longo do ano:
Austrália: 0 - 0
Brasil: 0 - 0
Argentina: 4 pts - 4 pts
Ímola: 3 pts - 7 pts
Mônaco: 1 pt - 8 pts
Espanha: 0 - 8 pts
Canadá: 4 pts - 12 pts
França: 1 pt - 13 pts
Inglaterra: 2 pts - 15 pts
Alemanha: 2 pts - 17 pts
Hungria: 2 pts - 19 pts
Bélgica: 6 pts - 25 pts
Itália: 3 pts - 28 pts
Austría: 5 pts - 33 pts
Luxemburgo: 0 - 33 pts
Japão: 0 - 33 pts
Europa: 0 - 33 pts = 5° colocação no mundial de construtores
Fisichella chega em 8° no mundial de pilotos com 20 pontos e Ralf fica em 11° com 13 pontos somados.
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