quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Monza e suas histórias

O circuito de Monza é repleto de tradição, nesse post vou contar os fatos mais relevantes ocorridos na romântica década de 70, onde dizem os puristas que a F1 era para homens de verdade.


Começamos por 1970 quando o austriaco Jochen Rindt da Lotus vinha dominando o mundial, finalizara até o Gp da Itália, nona etapa, 6 provas e 5 delas em primeiro lugar, vinha como líder isolado do mundial já que seus rivais Stewart, Ickx, Hulme e Regazzoni não vinham de boas corridas e julgando-se pela falta de consisitência de todos eles era questão de tempo o título de Rindt. Foi quando durante as sessões classificatórias para o Gp da Itália os freios do carro de Rindt falham na parabólica, ele bate em cheio. É acudido ainda vivo pelos fiscais mas o resgate de estrutura ruim acaba complicando o atendimento do piloto, não havia helicópitero no circuito e ao invés de ser atendido no ambulatório da pista o austriaco foi levado de ambulância ao hospital mais próximo que ficava a 40 km do circuito, desse modo o austriaco morreu no caminho para o hospital dentro da ambulância dia 5 Setembro de 1970 aos 28 anos. Colin Chapman decide retirar seus carros do grid do GP da Itália em homenagem ao austriaco. Seu título foi assegurado por um piloto ilustre conhecido pelos brasileiros, Emerson Fittipaldi que venceu seu primeiro Gp nos Eua penúltima prova da temporada tirando assim pontos dos concorrêntes de Rindt que ao final do ano se sagrou campeão apesar de morto.

Rindt perde o controle do carro quando passa da McLaren de Denny Hulme
Jochen no que sobrou de sua Lotus
Falando em Emerson, o ano de 1972 foi especial tanto para o piloto como também para o automobilismo brasileiro que conquistava seu primeiro título na F1 no dia 10 de Setembro de 1972 quando Fittipaldi venceu o Gp de Monza com sua Lotus de motor Ford. Com a vitória "rato" assegurou o título com duas provas de antecedência já que seu maior rival, o escocês Jackie Stewart, não tinha mais como alcança-lo apartir daquele momento mesmo vencendo as últimas corridas sem Emerson pontuar, o que de fato ocorreu, porém a diferença dos dois no fim do ano foi de 61 a 45 a favor do brasileiro.

Emerson se sagra campeão vencendo o Gp da Itália de 1972
Em 1978 a F1 chegava a Monza com Mario Andretti com uma mão e 4 dedos na taça, ele e seu companheiro de equipe, o sueco Ronnie Peterson, tinham em mãos o grande carro da temporada, a Lotus. Ronnie acabou batendo nos treinos e assim veio para a corrida com uma versão antecessora do carro da Lotus. A largada era a primeira da história da F1 usando semáforos, pois antes dava-se a largada agitando a bandeira do pais cede do Gp. Porém sem perceber que nem todos os carros estavam em suas posições o diretor de prova da a largada o que faz com que os carros de trás partam com mais velocidade do que os da frente fazendo todos chegarem muito juntos a primeira curva onde a pista estreitava, desse modo muitos carros se tocam, e Peterson que teve problemas na partida com o motor da versão antiga de sua Lotus é jogado no muro. A batida além de danificar sériamente a frente do carro faz também com que se rompessem os tanques de combustivel desse forma fazendo com que o carro virasse uma bola de fogo. Ronnie foi tirado do carro por bombeiros e pilotos com serios ferimentos nas pernas, o que mais tarde naquele dia faria com que ele fosse operado, sua perna direita provocava preocupação nos médicos. No dia seguinte, 11 de setembro de 1978 Peterson morreu vítima de uma embolia pelas fraturas sofridas no acidente. O italiano Vittorio Brambilla da Surtees também foi ferido no acidente, ele foi atingido por uma roda de um dos carros envolvidos na cabeça e entrou em coma no local, felizmente ele se recupera. Depois de alguns meses a FIA acusou Riccardo Patrese da Arrows de ter causado a batida multipla. Desde esse fato até hoje nas largadas da F1 é obrigatória a passagem de um fiscal com a bandeira verde atrás do grid confirmando que todos os carros estão em suas posições. A corrida foi vencida por Mario Andretti com Gilles Villeneuve em 2, porém os dois tiveram 1 minuto acresido no tempo final da prova por terem queimado a largada dando assim a vitória para o na época ainda bi-campeão Niki Lauda.

O impressionante incêndio proporcionado pelo carro de Peterson

Peterson é atendido na pista, repare a frente da Lotus destruida

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